Off Trade: o caminho para as cervejarias artesanais no cenário da Covid-19

A cervejaria paranaense Maniacs já teve uma alta de 20% nas vendas nos principais players de varejo do Brasil com essa estratégia
“É o momento de acelerar a capilaridade dos pontos de venda, investir em presença de gôndola e nas informações ao consumidor”, sugere Iron Mendes, CEO da Maniacs Brewing e da Brooklyn Brewery Brasil

A cervejaria paranaense Maniacs vinha registrando crescimento no volume e no faturamento nos dois últimos anos. O avanço chegou a 35% na passagem de 2017 para 2018 e 45% entre 2018 e 2019. Isso foipossível principalmente pela maior penetração de mercado da Maniacs IPA em lata (que registrou um salto de 130% das vendas no ano passado) e dos produtos da Brooklyn, produzida e comercializada no Brasil pela Maniacs. A Brooklyn Lager e a Brooklyn East IPA, também em latas, foram muito bem aceitas no autosserviço.

As previsões da marca eram ousadas para este ano. O planejamento envolvia ampliar em 84% o crescimento do ano passado e aumentar o número de estabelecimentos atendidos para 2 mil. A chegada do coronavírus ajudou a acelerar uma tendência já em franca ascensão no Brasil: a maior participação das cervejas artesanais no Off Trade [outro canal faz a venda do produto diretamente ao consumidor, e não a empresa que o fabrica diretamente].

"Nosso volume no Off Trade já é bem expressivo, com 55% de participação em faturamento, principalmente pela boa aceitação de nossas cervejas em latas", antecipa Iron Mendes, CEO da Maniacs Brewing e da Brooklyn Brewery Brasil, com exclusividade ao Cepas & Cifras. Segundo ele, a busca do consumidor por novas experiências sensoriais, a partir da ampliação da cultura cervejeira no país, beneficiou o aumento da visibilidade das duas marcas em supermercados e lojas de conveniência. "Esse comportamento também foi observado no constante aumento do consumo de cervejas premium nestes canais, mostrando uma tendência do consumidor", detalha. "Desde que a pandemia começou, já tivemos uma alta de 20% nas vendas em gôndolas dos principais players de varejo do Brasil. A tendência, no entanto, é que os supermercados adequem seus processos logísticos devido à mudança no perfil de compras, para então retomar o crescimento. O setor precisa estar preparado para esse movimento", aconselha o empresário.

A alternativa da Maniacs é ampliar o diálogo com o consumidor por meio dos canais digitais da marca e intensificar as ferramentas de merchandising e promotoria nos estabelecimentos onde está presente. "É o momento de acelerar a capilaridade dos pontos de venda, investir em presença de gôndola e nas informações disponíveis ao consumidor", entende o executivo. "Hoje somos mais fortes no Sul e no Sudeste e estamos expandindo para as demais regiões do país", antecipa Mendes.

Veja mais notícias sobre GestãoNegócios do SulParaná.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Domingo, 15 Dezembro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/