Ranking de AMANHÃ e PwC mostra quem é quem entre as empresas do Sul
Lançada nesta quinta-feira (16) no auditório da Sede do IMED, em Porto Alegre, a edição 2017 do ranking da Revista AMANHÃ e da PwC Brasil mostra como as principais empresas da região conduziram seus negócios em um ano desafiador. A soma de todos os patrimônios de 500 MAIORES DO SUL fechou em R$ 283,8 bilhões, praticamente repetindo o valor de 2015 – com um acréscimo de 1,1%. As cinco centenas de companhias classificadas no ranking de AMANHÃ e PwC Brasil produziram uma cifra de R$ 516,4 bilhões em receita liquida, o que significa dizer que, em relação ano anterior, o faturamento total delas praticamente estagnou, crescendo 0,3%. Retrato de um ano perdido? Nem tanto. Em primeiro lugar, é preciso considerar o ambiente adverso enfrentado pelas empresas em 2016, quando o PIB brasileiro encolheu 3,6%. Castigadas por uma recessão sem precedentes, os discretos avanços obtidos no ano passado mostram uma obra de pura resiliência, em um período para ajustes internos, e busca de eficiência no limite do possível.
A providência não foi suficiente para 109 das 500 Maiores, que fecharam 2016 no prejuízo (três a mais que em 2015), mas o esforço amorteceu as perdas. A soma dos prejuízos – R$ 10,5 bilhões – foi inferior à de 2015, quando chegou a R$ 13,7 bilhões. Também é verdade que os ganhos caíram, mas em proporção menor. As superavitárias acumularam um lucro líquido de R$ 33,6 bilhões, montante 8,3% abaixo do contabilizado no exercício anterior. A regra geral foi comprimir margens de lucro para sustentar o nível de vendas, o que, em consequência, colocou a rentabilidade média das empresas lucrativas em 6,9%.
O Estado com maior número de representantes no ranking segue sendo o Rio Grande do Sul, com 186, praticamente empatado com o Paraná, que neste ano reforçou sua bancada com mais quatro companhias na comparação com o ranking anterior, chegando a 185 empresas. Santa Catarina emplacou 129 companhias.
Estados na balança
Como revela o quadro a seguir, o anuário de AMANHÃ e PwC Brasil mostra que as companhias do Paraná superaram as gaúchas e as catarinenses em indicadores como patrimônio líquido e lucro. Outro embate se dá naquele que é o indicador mais importante do anuário 500 MAIORES DO SUL: o Valor Ponderado de Grandeza, ou VPG. Apenas R$ 1,2 bilhão separam o VPG total das gaúchas (R$ 126,8 bilhões) das paranaenses (R$ 125,6 bilhões). Enquanto Rio Grande do Sul e Paraná quase empatam no número de empresas listadas – 186 e 185, respectivamente –, as companhias catarinenses se destacam por mostrar a menor soma de prejuízos (R$ 1,1 bilhão). O indicador fica bem abaixo da perda de R$ 5,1 bilhões verificada entre as companhias gaúchas, e dos prejuízos de R$ 4,3 bilhões contabilizados no Paraná.
Indicadores | PR | SC | RS |
Soma dos VPGs* (em R$ bi) | 125,60 | 98,33 | 126,86 |
Receita líquida (em R$ bi) | 178,81 | 149,84 | 187,78 |
Patrimônio (em R$ bi) | 105,84 | 75,43 | 102,53 |
Lucro líquido (em R$ bi) | 15,85 | 7,92 | 9,91 |
Prejuízo (em R$ bi) | (4,30) | (1,12) | (5,11) |
Número de empresas | 185 | 129 | 186 |
(*) VPG: Valor Ponderado de Grandeza. Resulta da soma de patrimônio (compeso de 50%), receita líquida (40%) e resultado líquido do exercício (10%).
As Top 10
A Gerdau segue na primeira posição do ranking das 500 MAIORES DO SUL. Com um patrimônio líquido de R$ 23,3 bilhões, e receita de R$ 37,6 bilhões, a fabricante de aço soma um Valor Ponderado de Grandeza (VPG) de R$ 26,4 bilhões. Como revela o quadro a seguir, até o quarto lugar, as posições seguem inalteradas em relação ao anuário de 2016. O Sicredi tomou a quinta posição do Kirton Bank (Ex-HBSC), que passou a consolidar seus números com o Bradesco, e não deve mais fazer parte do ranking a partir de 2018. O Grupo Weg passou a constar nesta edição com seu balanço consolidado. As paranaenses Klabin e Coamo tomaram as posições que eram, respectivamente, da Itaipu Binacional e da Engie (Ex-Tractebel Energia). No Top 10, são quatro representantes do Paraná, três de Santa Catarina e três do Rio Grande do Sul.
Líderes setoriais
O anuário de AMANHÃ e PwC Brasil revela, ainda, as companhias que são destaques em 30 setores-chave da economia do Sul. São dois critérios: faturamento e rentabilidade. Desta forma, tem-se um quadro em que normalmente cada setor mostra dois líderes distintos: uma empresa é a maior e outra, de menor tamanho, desponta por sua capacidade de transformar faturamento em lucro. Entre as maiores por setor, o Paraná conta com 13 companhias, o Rio Grande do Sul com 11, e Santa Catarina, seis. Entre as mais rentáveis, há 12 gaúchas, 11 paranaenses e sete empresas de Santa Catarina. Em cinco setores, uma mesma empresa ocupa a condição de maior e mais rentável. São os casos de Santa Terezinha, em Açúcar e Álcool; Coamo, em Cooperativa de Produção ; Grendene, em Couro e Calçados; Klabin, em Papel e Celulose; e Évora, em Plástico e Borracha.
500 Emergentes
Entre as emergentes, aquelas empresas posicionadas entre a posição 501 e 1000, a liderança coube à Cotiporã Energética, de Curitiba (PR). A geradora de energia elétrica tem um VPG de R$ 56,8 milhões. Entre as dez primeiras emergentes, há seis paranaenses, três gaúchas e uma catarinense.
50 Melhores Emergentes
Na mesma edição, AMANHÃ apresenta a lista das 50 Melhores Emergentes do Sul, uma seleção de empresas que brilham, com diferentes intensidades, entre as “500 Emergentes do Sul” – aquelas situadas entre as posições 501 e 1000 do ranking GRANDES & LÍDERES. Aqui são admitidas apenas empresas com crescimento de receita e que fecharam o ano de 2016 com lucro. A lista também deixa de fora empresas estatais, assim como entidades sem fins lucrativos, como hospitais filantrópicos. No topo, despontando pelo critério de maior receita líquida, figura uma empresa pouco conhecida dos brasileiros, mas não do mundo automotivo mundial. Trata-se da Kyb-Mando do Brasil. Instalada na cidade paranaense de Fazenda Rio Grande, a companhia resultou da fusão entre duas companhias estrangeiras com forte tradição no fornecimento de amortecedores: a japonesa Kyb, líder mundial, e a sul-coreana Mando Corporation.
Método
Para apontar quem é quem entre as empresas do Sul, a Revista AMANHÃ e a PwC Brasil construíram um indicador exclusivo: o Valor Ponderado de Grandeza (VPG). O índice reflete, de forma equilibrada, o tamanho e o desempenho das empresas, a partir de um cálculo que considera os três grandes números do balanço: patrimônio líquido (que tem peso de 50% no cálculo do VPG), receita líquida (40%) e lucro líquido ou prejuízo (10%).
Premiação
A cerimônia de premiação das empresas vencedoras será realizada no dia 22 de novembro na Expo Unimed, em Curitiba, a partir das 8h30. O evento contará com a participação de Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, e do juiz Sérgio Moro. Informações para adesão: marcia@amanha.com.br ou 51 3230-3508.
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