Agroindústrias do PR e de SC retomam atividades
Após 10 dias de paralisação dos caminhoneiros, as agroindústrias e laticínios paranaenses e catarinenses retornam às atividades. A partir desta quarta-feira (30), as grandes indústrias instaladas em Santa Catarina voltaram a abater suínos e aves. A tendência é de que nos próximos dias o setor volte à sua normalidade. A Cooperativa Central Aurora, a BRF Brasil, a JBS e a Pamplona já têm plantas em pleno funcionamento em Santa Catarina e devem retomar o ritmo normal progressivamente, de acordo com a capacidade de estocagem.
Segundo o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, essa notícia traz uma tranquilidade maior ao setor e evita o sacrifício sanitário de animais pela falta de alimentos. A paralisação trouxe prejuízos ao agronegócio catarinense, que deve ter impacto na rentabilidade do setor este ano. Spies explica que levará algum tempo até a normalidade total ser estabelecida. Para acelerar a retomada das atividades do agronegócio, o governo de Santa Catarina faz um enorme esforço na movimentação de mais de 300 contêineres que serão utilizados para o transporte de produtos prontos com destino aos portos do estado.
Os frigoríficos e armazenadoras de grãos do Paraná também começaram a retomar as atividades. Entre eles estão todos os nove frigoríficos de frango das cooperativas agropecuárias, três de suínos, dois de peixes, cinco laticínios, além de armazenadoras de grãos. A informação foi confirmada presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken. Ele afirmou que a retomada das atividades é resultado da articulação do Governo do Estado para o desbloqueio das rodovias do Paraná, que começou na quinta-feira (24). O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), Sérgio Malucelli, disse que também nesta quarta-feira começou o deslocamento de comboios de cargas gerais. São 140 caminhões trafegando nas rodovias do Estado – o maior número de veículos com carga geral do Brasil.
Rio Grande do Sul
No Gabinete de Crise, montado no Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul para monitorar os impactos da paralisação, o governador José Ivo Sartori voltou a fazer um apelo e uma advertência: "O caminhoneiro que quiser trabalhar irá trabalhar. Os gaúchos não serão reféns de uma minoria que tenta impedir a retomada do crescimento do Estado".
Segundo a Brigada Militar, o Estado amanheceu com mais de 200 pontos de protesto de caminhoneiros nas rodovias estaduais e federais. A prioridade do governo é concentrar esforços para não deixar a população desabastecida, especialmente nas áreas mais sensíveis, como Saúde, Segurança Pública, Educação, Transportes e Agricultura. Entre domingo e o começo da tarde desta quarta, a Brigada e os Bombeiros escoltaram 887 veículos, sendo 504 de combustíveis, 147 de ração, 114 de alimentos, 67 de gás, 8 de grãos, entre outros materiais e insumos. No total, 106 municípios gaúchos foram atendidos. Em Porto Alegre, 86 cargas foram transportadas.
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