SC implanta sistema pioneiro no mundo para autenticar digitais de mães e recém-nascidos

Estado já havia homologado a biometria neonatal em alta definição desenvolvida pela startup Natosafe para evitar troca e descaminho de bebês
Santa Catarina adotou uma solução que permite a identificação biométrica ainda na sala de parto, desenvolvida pela empresa curitibana Natosafe

Santa Catarina foi o primeiro estado do Sul do país a iniciar o processo de implementação da biometria neonatal. Agora é o primeiro do mundo a utilizar a autenticação, que amplia ainda mais a segurança do bebê. No final do ano passado, o estado adotou uma solução que permite a identificação biométrica ainda na sala de parto, desenvolvida pela empresa curitibana Natosafe. Agora, é o primeiro a usar a autenticação das digitais coletadas, feita a partir de um novo serviço desenvolvido pela startup.

A autenticação é feita em no máximo 48 horas após o parto, ainda na maternidade. A solução pode ser usada como controle de acesso, com objetivo de erradicar as trocas em maternidades ou a adoção ilegal. "Essa é uma revolução no mercado mundial de biometria e Santa Catarina sai na frente, com tecnologia de ponta que garante o controle de acesso nas maternidades e protege o bebê", diz o CEO da Natosafe, Ismael Akyiama.

A plataforma batizada de INFANT.ID AUTH tem o objetivo de fazer uma tripla verificação que consiste em checar se a biometria da mãe confere com o CPF dela, confirmar se a Declaração de Nascido Vivo (DNV) está vinculada àquela mãe e, por último, confere a biometria do bebê. "Dessa forma garantimos a autenticidade dos dados coletados e a individualização da criança, evitando qualquer possibilidade de troca e descaminho de bebês", explica Akyiama.

Caso seja necessário verificar a identidade de uma criança e compará-la com a de uma suposta mãe, todo o processo pode ser feito a partir da coleta das digitais de qualquer dedo. Isso porque o estado já homologou outro serviço da plataforma, o INFANT.ID ENROLL, que faz captura, análise e exportação de digitais em alta definição desde o minuto zero de vida de uma criança.

A solução é capaz de gerar um vínculo único entre recém-nascidos e mães e as informações coletadas são enviadas para as autoridades públicas. O scanner utilizado pela plataforma foi certificado pelo norte-americano FBI (Federal Bureau of Investigation), a maior agência policial do mundo. A digital em alta definição atende os requisitos de compatibilidade, rastreabilidade, unicidade e segurança da informação, capturando os dados automaticamente através de algoritmos inteligentes. A tecnologia foi desenvolvida para ser usada por maternidades, hospitais, postos de vacinação, clínicas médicas, centros e institutos de identificação, cartórios de registro civil e até no controle de fronteiras.

Segurança
O perito-geral do Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP/SC), Giovani Eduardo Adriano, explica que "a biometria garante o primeiro passo para a cidadania do recém-nascido, além de dar maior segurança à família no momento do parto e posterior a ele também, evitando adoções ilegais, roubos e trocas de bebês".

A tecnologia foi testada na Ilha Hospital e Maternidade e Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis, e na Maternidade Darci Vargas, em Joinville, e agora está pronta para ser implantada em todos os hospitais e maternidades do estado.

As instituições e as autoridades públicas interessadas, podem acessar mais informações por meio deste link ou procurar o Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP/SC).

Dados de Santa Catarina
O número de carteiras de identidade emitido anualmente pelo Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP/SC) para crianças de até cinco anos de idade corresponde a 10% da emissão total de documentos feitos pela instituição, o que totaliza entre 50 mil a 60 mil RGs a cada 12 meses. Em 2020, com a pandemia, até o momento foram emitidos 25 mil documentos para esse público.

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Sexta, 29 Março 2024

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