SC alcança US$ 6,2 bilhões de comércio internacional até fevereiro
Os primeiros dois meses de 2023 foram marcados por recorde na economia catarinense. No acumulado de janeiro e fevereiro, foram comercializados US$ 6,2 bilhões em produtos importados e exportados. Segundo dados analisados pelo Observatório Fiesc, as vendas de bens de capital, por exemplo, atingiram o maior nível desde 1997, com alta de 32,4% em relação ao mesmo período de 2022. No acumulado dos dois meses, o principal comprador de Santa Catarina passou a ser os Estados Unidos (15%), que vêm diversificando seus parceiros comerciais. Na sequência, aparecem a China (13,7%) e Argentina (7,2%). "Esse montante no comércio internacional é reflexo da forte atuação da indústria de Santa Catarina e de sua competitividade, que eleva a participação em mercados com altos níveis de eficiência produtiva e de capacidade tecnológica", afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, em nota.
A exportação de bens de capital corresponde a produtos como máquinas e equipamentos para a fabricação de outros produtos, que, no período analisado, somaram US$ 195,1 milhões vendidos pelo estado. Na pauta exportadora, há destaque também para os embarques de aparelhos mecânicos e de motores para os Estado Unidos, bens de consumo, como carnes de aves e suínas para os países asiáticos, além de caldeiras a vapor para a Colômbia e transformadores e painéis para comando elétrico para parceiros do Mercosul.
Os principais produtos importados por Santa Catarina nos dois primeiros meses do ano foram o cobre refinado (3,2%), revestimentos de ferros laminados planos (2,9%) e semicondutores (2,5%). Dentre os insumos para a indústria, destacam-se os pneus de borracha, vindos da China e do Vietnã, e de partes e acessórios para veículos, fabricados na Coreia do Sul e nos Estados Unidos. O estado também segue ampliando as compras de veículos do México e da Alemanha. A China se mantém como a principal fornecedora internacional do estado, com 40,1% das compras no início de 2023, e os Estados Unidos assumiram a segunda posição (7,8%), superando o Chile (5,7%).
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Comentários: 1
É um problema antigo esta situação da invasão de produtos asiáticos, especialmente os chineses. Sempre existiu dumping e agora que eles estavam "fechados" durante a pandemia vieram com tudo para arrasar os mercados de fato. Precisamos de politicas anti dumping mas é improvável com a morosidade do nosso governo e do congresso. Deviam seguir o exemplo da India que está incentivando a reindustrialização do país, criando condições para que se produza localmente e não ficar escancarado para as politicas que vem da China.