Novos negócios fortalecem receita da Engie
O ano de 2019 foi marcado por importantes aquisições pela catarinense Engie Brasil Energia, que avançou em sua estratégia de se transformar em uma das líderes da transição energética para uma economia de baixo carbono. Em junho, a companhia comprou, via Consórcio formado pela sua Controladora Engie S/A e pela CDPQ, a Transportadora Associada de Gás (Tag). O investimento dos sócios, de cerca de R$ 35 bilhões, foi o maior em mais de 20 anos de operação da companhia no Brasil. Em outro investimento ligado à infraestrutura, em dezembro, a empresa adquiriu, por até R$ 410 milhões, a Novo Estado Energia, detentora da concessão para construir, operar e manter linhas de transmissão, uma nova subestação e expansão de outras três subestações existentes, no Pará e Tocantins.
Com isso, a receita operacional líquida fecou 2019 em R$ 9,8 bilhões, 11,5% acima do total do exercício anterior. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), foi de R$ 5,2 bilhões, aumento de 18,2% em comparação ao ano anterior. A boa geração de caixa, representada pelo Ebitda, pode ser atribuída a um conjunto de fatores, como a contribuição dos ativos adquiridos ou que entraram em operação no período, o desempenho positivo das usinas e a indenização recebida por descumprimentos contratuais durante as obras da Usina Termelétrica Pampa Sul. Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie, destaca ainda a gestão eficiente do portfólio e custos, que caracterizam a disciplina financeira responsável pela solidez do desempenho da companhia.
O lucro líquido da companhia foi de R$ 2,3 bilhões, valor praticamente estável em relação ao ano de 2018. "Esse resultado, praticamente estável, se deve majoritariamente ao impacto dos juros e correções monetárias das dívidas assumidas para viabilizar a expansão recente, o que tende a ser suavizado nos próximos exercícios", comenta Sattamini, que também exerce o posto de relações com investidores.
Novas usinas
Em 2019, entrou em operação o Conjunto Eólico Umburanas - Fase I que, que somado ao Conjunto Eólico Campo Largo - Fase I, em operação comercial desde dezembro de 2018, compõe o maior cluster eólico da Engie no Brasil. O investimento total somado nesses ativos é de R$ 3,5 bilhões. Também no ano passado, no final de junho, entrou em operação a Usina Termelétrica Pampa Sul, no RS, contribuindo com 345 MW para o parque gerador da Companhia. Outros marcos do período foram o início das obras do Sistema de Transmissão Gralha Azul, no Paraná, com cerca de mil quilômetros de extensão, e o início da construção da Fase II do Conjunto Eólico Campo Largo, integralmente viabilizada por mais de 60 contratos firmados, de forma antecipada, com clientes do mercado livre.
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