Área do Porto de Paranaguá é leiloada por R$ 30 milhões

A FTS arrematou o terminal destinado à movimentação e armazenagem de carga geral
A área será dedicada à movimentação de carga geral, em especial açúcar ensacado, produto que o Brasil é líder mundial de produção e exportação

O terminal do Porto de Paranaguá destinado à movimentação e armazenagem de carga geral, especialmente açúcar ensacado, foi leiloado na quarta-feira (30) em pregão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A empresa FTS Participações Societárias S/A arrematou a área por R$ 30 milhões.

A nova arrendatária assume a área com a obrigação de investir o valor mínimo de R$ 4,1 milhões ao longo de 10 anos, além de efetuar os pagamentos mensais pela ocupação. A área denominada PAR32 tem aproximadamente 6,6 mil metros quadrados, já com estrutura de armazéns (6A e 6B), e está localizada na área primária (cais) do porto paranaense. A área de "brownfield" – ou seja, que já é usada atualmente – será dedicada à movimentação de carga geral, em especial açúcar ensacado, produto que o Brasil é líder mundial de produção e exportação. A carga segue do Porto de Paranaguá para países que não possuem refinarias ou cujos portos não possuem instalações modernas para recebimento de navios porta-contêineres.

O leilão foi por maior outorga e partiu de um lance mínimo de R$ 1, iniciando com duas propostas aptas: da FTS Participações Societárias S/A, com lance inicial de R$ 21,8 milhões; e da Teapar – Terminais Portuários de Paranaguá, que ofertou R$ 1 milhão. No viva voz, a Teapar ofertou R$ 25 milhões pela área, valor coberto pelo lance de R$ 30 milhões da FTS Participações. O grupo já opera em Paranaguá e Antonina, e a nova área vai expandir as atividades de carga no terminal. "Vamos aumentar o portfólio de serviços para os clientes e também nossa competitividade no mercado", explicou o diretor Institucional do Grupo FTS, Alex Sandro de Ávila. No mesmo pregão, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) promoveu o leilão de áreas dos portos de Santos, em São Paulo, e de Suape, em Pernambuco. Juntos, os três terminais preveem R$ 950 milhões em modernizações.

Em dezembro de 2020, o Paraná foi o primeiro Estado brasileiro a conceder um terminal portuário por decisão própria, depois de receber autonomia para administrar os contratos de exploração de áreas. À época, o terminal PAR12, de 74,1 mil metros quadrados de área e capacidade estática para 4 mil veículos e armazenagem anual de 120 mil veículos, foi leiloado por R$ 25 milhões para a Ascensus Gestão e Participações, representada no certame pela corretora do Itaú.

A Portos do Paraná avança com o processo de arrendamento de outras quatro áreas no Porto de Paranaguá. Na última quinta-feira (24), foi realizada a audiência pública da PAR09. A área de cerca de 24 mil metros quadrados, a Oeste do Porto de Paranaguá, é voltada para movimentação de granéis sólidos vegetais, com investimentos previstos na ordem de R$ 492,6 milhões. Neste ano, a expectativa é licitar outras duas áreas de armazenagem e movimentação de granéis sólidos vegetais. A PAR14, de 61.450 metros quadrados, e PAR15, com 37.431 metros quadrados preveem investimento de cerca de R$ 1,2 bilhão e R$ 656,8 milhões, respectivamente. Os estudos já foram elaborados e estão em fase de consulta às autoridades competentes, para serem posteriormente enviados à Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) para a abertura de audiência e consulta pública.

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Sexta, 26 Abril 2024

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