JBS gera perdas de R$ 3,4 bilhões para a CEF e o BNDES
A Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) acumulam perdas bilionárias em meio à queda dos papéis da JBS na bolsa. As duas instituições são os principais acionistas da companhia fora do grupo FB Participações. Segundo a Economatica, as perdas somam R$ 3,4 bilhões. Do total, R$ 2,8 bilhões são referentes à perda do BNDES, e R$ 647 milhões da CEF. Os dois bancos somam 26,2% na participação percentual na JBS. Desde o início da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, em março, e agora com as delações dos executivos da JBS, a empresa obteve uma desvalorização de R$ 14,7 bilhões em valor de mercado.
Em comunicado divulgado ao mercado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou a instauração por suas áreas técnicas de dois processos administrativos englobando apurações de irregularidades relacionadas à empresa JBS. Os novos processos se somam aos cinco anteriores referentes a possíveis anormalidades na atuação da companhia, dos quais um foi aberto no dia 18 e quatro no dia 19 deste mês. De acordo com o comunicado, um dos novos processos “analisa a veracidade da divulgação dos controladores diretos e indiretos, até os controladores que sejam pessoas naturais”, da Blessed Holdings, a partir de notícias veiculadas na mídia. Essa sociedade estrangeira sediada em Delaware, nos Estados Unidos, faz parte do grupo de controle da JBS S.A.
Já o segundo processo visa analisar a conduta de administradores e acionistas controladores da JBS S.A. “à luz dos deveres fiduciários previstos na Lei das Sociedades Anônimas (S.A.)”, em função da celebração de acordo de delação premiada entre executivos da empresa e da sua controladora e o Ministério Público Federal (MPF). Dever fiduciário é o dever de lealdade que o controlador tem com os interesses dos investidores.
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