Disputa comercial entre China e EUA faz B3 desabar
Nem mesmo as declarações de Jerome Powell, chairman do Fed, o banco central dos Estados Unidos, fizeram com que o humor do mercado mudasse nesta sexta-feira (23). Powell afirmou que a economia norte-americana está em uma "posição favorável" e o Federal Reserve irá "agir conforme apropriado" para manter o ritmo de expansão do PIB.
Em seu discurso, Powell listou vários riscos que a autoridade monetária estadunidense está monitorando. A guerra comercial do governo dos EUA com a China e outros países é apenas um deles. Pela manhã, o governo chinês anunciou que vai impor tarifas sobre US$ 75 bilhões em produtos americanos. Donald Trump respondeu dizendo que vai responder às tarifas da China ainda na tarde desta sexta. Porém, em uma de suas falas, Trump já declarou que não precisa da China e ainda pediu que as empresas norte-americanas deixem o país asiático.
Com isso, a B3 (foto) acumulava perda de 2,5% por volta de 13h15, aos 97.516 pontos. O dólar, no mesmo horário, estava sendo cotado a R$ 4,1115, alta de 0,8%. No ambiente interno, há preocupação, pois países europeus afirmaram que o comércio com o Brasil pode ser afetado, caso o governo não combata incêndios na Amazônia, por exemplo. França e Irlanda, por exemplo, ameaçam rever o acordo entre a União Europeia e o Mercosul.
Powell fez duras críticas quanto ao comércio global que está sendo afetado pela guerra comercial. “O Fed não poderá consertar tudo isso através da política monetária. Não há precedentes recentes para orientar qualquer resposta de política monetária à situação atual, pois a política monetária não pode fornecer um livro de regras estabelecido para o comércio internacional", reiterou, sem dar pistas se o Fed reduzirá os juros em setembro.
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