Se...

Ontem, 1º de maio de 2019 tivemos o 25º aniversário da morte de Ayrton Senna. Como éramos mais ou menos contemporâneos, podemos fazer um exercício e elucubrar sobre o que teria sido a vida de nosso mais brilhante piloto, não tivesse tido a infelicidade de colidir na curva Tamburello. 

Vamos a isto, então. Imagino que Ayrton fosse ainda correr em alta performance por mais uns cinco anos. Desses campeonatos, teria ganhado mais dois ou três, ao passo que Schumacher teria levado os demais. Se já era milionário em 1994, até 2000 teria uma fortuna de talvez U$1 bilhão. 

Depois da aposentadoria, duvido que fosse ser comentarista ou mesmo diretor de equipe como Niki Lauda. Acho que abraçaria o mundo dos negócios, e hoje já teria duplicado a fortuna da virada do milênio, embora excelência em pista não signifique necessariamente tirocínio em todas as áreas. 

Se casasse, o que acho uma hipótese um pouco remota, isso só aconteceria mais tarde, lá por volta dos 40 anos. Hoje teria um casal de filhos de quase 20, para efeitos de suposição. Já estaria divorciado, mas seria um pai devotado e não me espantaria que o filho fosse para as pistas. 

Mais maduro e experiente do que Huck, é possível que o cavalo selado de 2018 lhe tivesse passado pela frente e quem sabe ele não teria topado ser candidato a presidente, único cargo eletivo em que eu o veria. Coberto de glórias, assumiria como uma figura icônica, dotada de grande força de arrasto. 

Bem, chega. É hora de cair na real antes que me empolgue. Ayrton Senna morreu em 1º de maio de 1994 e nada há que possamos fazer a respeito. Salvo creditar o infortúnio às fatalidades que acometem a vida brasileira em momentos nevrálgicos. Aqui até facadas mudam o curso da História. 

O tempo dirá se para melhor ou pior.