Empresário Genésio Marchetti falece aos 82 anos
Uma liderança exemplar, um empresário visionário e preocupado com o desenvolvimento pleno de toda a sua comunidade. Este é, na opinião do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, o principal legado deixado pelo industrial Genésio Ayres Marchetti, que faleceu, aos 82 anos, neste sábado, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, vítima da Covid-19. Marchetti presidia o Conselho de Administração da Manoel Marchetti e a Rede Vale Norte de Comunicação, em Ibirama. Na juventude foi jogador de futebol, atuando em equipes do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Fundou, presidiu e foi grande entusiasta do Clube Atlético Hermann Aichinger. Nascido em 30 de março de 1938, na cidade de Rodeio, Marchetti era casado com Maira Dopke Marchetti, tinha cinco filhos e oito netos.
Em 2015, se tornou comendador da Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, o principal reconhecimento da indústria catarinense, conferido pela Fiesc a personalidades que contribuem com o desenvolvimento do setor.No vídeo utilizado no ato de sua homenagem, Marchetti relatou a história de sua vida empresarial, seguindo os passos do pai, Manoel Marchetti. "Ele era pequeno empresário do ramo madeireiro e eu era um jovem estudante. De pronto eu respondi que aceitaria o desafio de vir trabalhar e continuar a empresa que ele fundou. Foi oi início da nossa vida. Nunca me arrependi de ter vindo para cá e ter substituído meu pai na empresa", afirmou. No vídeo, o industrial ainda destaca que nunca esqueceu a lição que recebeu e a transmitiu aos filhos. Também se disse apreciador de todos os esportes e defendeu que os jovens pratiquem esportes, para que não se ocupem de coisas negativas.
Genésio assumiu o comando da Manoel Marchetti em 1974. Fundada em 1956, atualmente a empresa congrega 700 funcionários, em cinco unidades – duas em Ibirama e as demais em Lages (SC), Juruena (MT) e Sorocaba (SP). Possui área coberta total com mais de 55 mil metros quadrados e capacidade para processar cerca de 10 mil metros cúbicos de madeira por mês.
O vice-presidente da Fiesc para o Alto Vale do Itajaí, André Armin Odebrecht, também lamentou a morte de Marchetti. "Foi um empresário com a o DNA da indústria catarinense, preocupado com o desenvolvimento, a inovação, o social e a estrutura de sustentação do negócio como um todo. Um grande exemplo de cidadão e de empresário de sucesso", afirmou Odebrecht.
Marchetti também foi conselheiro da Fiesc e vinha presidindo o Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sinduscon) de Ibirama. Ele também teve atuação política destacada. Foi prefeito de Ibirama por dois mandatos, de 2001 a 2005 e de 2005 a 2009. De 2011 e 2012 chefiou a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional em Ibirama. Até seu falecimento, era segundo suplente de Senador por Santa Catarina.
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