Modal de transporte catarinense precisa mais de R$ 20 bilhões até 2027

Do total, mais da metade estão assegurados pela iniciativa privada
O maior volume, de R$ 10,3 bilhões, é demandado pelo modal rodoviário

Para alcançar a condição de "adequada", a infraestrutura de transporte de Santa Catarina carece de investimentos de R$ 20,3 bilhões entre 2024 e 2027. O valor é resultado de levantamentos realizados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e constam na 9ª edição da Agenda para a Infraestrutura de Transporte e Logística Catarinense, que a entidade apresentou nesta semana. "São necessários um pouco mais de R$ 5 bilhões por ano e é primordial que haja uma boa gestão, previsibilidade e garantia de continuidade das obras", calcula Mario Cezar de Aguiar. "Precisamos incrementar o aporte de recursos, especialmente para as rodovias, a exemplo do que ocorreu em 2023, quando o orçamento da União destinou R$ 1,3 bilhão para Santa Catarina, sendo que até setembro foram executados R$ 700 milhões. Isso acelerou a execução de obras importantes como as BRs 470 e 280. O desafio é garantir os recursos no orçamento federal de 2024", complementa Aguiar.

Uma boa notícia divulgada pelo estudo da Fiesc é que pouco mais da metade dos recursos necessários (R$ 11,5 bilhões) estão garantidos via investimentos privados. O restante é de responsabilidade dos governos federal (R$ 4,94 bilhões), estadual (R$ 3,6 bilhões) e municipais (R$ 254,6 milhões). O maior volume, de R$ 10,3 bilhões, é demandado pelo modal rodoviário. O modal aquaviário, incluindo portos, requer R$ 6,6 bilhões. O ferroviário (R$ 1,7 bilhões), dutoviário (R$ 1,04 bilhões) e aeroviário (R$ 639,2 milhões) completam a demanda.

A agenda de infraestrutura defende a necessidade de planejamento integrado e sistêmico para curto, médio e longo prazos; cita os corredores estratégicos que devem ser priorizados; apresenta a necessidade de investimentos nos diversos modais de transporte e trata da questão de política e gestão. O capítulo final, intitulado "O dever de casa", defende a necessidade de cada indústria realizar ações chamadas da "porta para dentro", ou seja, implementar boas práticas na logística empresarial. A agenda também propõe um plano de adaptação às mudanças climáticas. No caso de rodovias, a sugestão é identificar pontos críticos e estabelecer rotas alternativas. Para a situação de portos, a proposta é que o Porto de Imbituba absorva as cargas que seriam destinadas aos portos do Rio Itajaí.

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Segunda, 06 Mai 2024

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