Produção de veículos tem alta de 5,3% até maio
A produção de veículos teve alta de 29,9% em maio em comparação com o mesmo mês de 2018. Segundo o balanço da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram montados ao longo de maio 275,7 mil unidades, contra 212,3 mil no mesmo período do ano passado. Em relação a abril, o crescimento na fabricação foi de 3,1%. O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, ponderou que o crescimento expressivo acontece devido à comparação com um mês ruim para a indústria, que foi prejudicado pela greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado. “Parte desse crescimento é porque a base de maio do ano passado teve oito dias de impacto”, disse.
No acumulado de janeiro a maio, o setor registrou uma expansão de 5,3% em comparação com os primeiros cinco meses de 2018. Foram fabricados neste ano 1,24 milhão de veículos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 1,17 milhão de unidades. A fabricação de caminhões teve uma alta de 51,3% em maio, com a montagem de 11,2 mil unidades. No acumulado do ano, o setor registra um crescimento de 10,9% em relação ao mesmo período de 2018, com a produção de 45,4 mil caminhões.
De janeiro a maio, as vendas de caminhões tiveram alta de 48,5%, com a comercialização de 39,1 mil unidades. As vendas de veículos tiveram alta de 21,6% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram comercializadas no período 245,4 mil unidades. Em relação a abril, o crescimento nos emplacamentos foi de 5,8%. No resultado acumulado dos primeiros cinco meses de 2019, foram licenciados 1,08 milhão de veículos, uma expansão de 12,5%.
As exportações caíram 30,7% no mês passado em comparação com maio de 2018. Foram vendidas para o exterior 60,8 mil unidades. De janeiro a maio, foram vendidos para outros países 181,6 mil veículos, uma queda de 42,2% em relação aos 314,1 mil exportados nos primeiros cinco meses do ano passado. De acordo com o presidente da Anfavea, as vendas para o exterior continuam sofrendo o impacto da retração do mercado argentino, principal comprador dos carros brasileiros.
O crescimento que o setor automotivo vem registrando neste ano ainda não é suficiente para recuperar as perdas da indústria nos últimos anos, analisou Moraes. “É um crescimento muito pequeno ainda para recuperar todas as perdas que tivemos no período de 2014 a 2016”, afirmou. Ele disse que a retomada da produção e das vendas está sendo possível devido à melhora no cenário econômico do país. “No caso do mercado interno, o crédito disponível vem aumentando e o índice de inadimplência está melhor. A gente está vendo também locadoras que têm renovado suas frotas”, acrescentou. Moraes enfatizou, entretanto, que “ainda é muito pouco” para que a indústria volte ao patamar anterior à crise. Para ele, é preciso que o país tenha um crescimento econômico mais robusto. “A gente precisa de mais PIB”, reiterou.
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