Sul alimenta projeto de expansão da Sapore

Em dois anos, praticamente dobrar de tamanho. Esta é a expectativa da Sapore, terceira maior empresa de refeições coletivas do país, para a região Sul. As operações nos três Estados registraram uma receita de R$ 182 milhões ano passado. A projeção é ...
Sul alimenta projeto de expansão da Sapore

Em dois anos, praticamente dobrar de tamanho. Esta é a expectativa da Sapore, terceira maior empresa de refeições coletivas do país, para a região Sul. As operações nos três Estados registraram uma receita de R$ 182 milhões ano passado. A projeção é que o valor cresça 20% neste ano e, em 2017, chegue à casa dos R$ 330 milhões. Muito desse crescimento, que responde por 13% da receita nacional, deve ser impulsionado pelos mercados gaúcho e catarinense onde a Sapore tem concentrado os esforços para ganhar mais clientes e ampliar os contratos vigentes. O objetivo é que a participação dos Estados se equilibre nesse período. No momento, o Paraná é responsável por quase a metade do faturamento na região.

Entre janeiro e abril, a Sapore abriu 18 novos restaurantes no Sul, sendo 15 deles em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O ritmo acelerado mesmo em plena crise econômica é fruto de uma mudança de estratégia comercial colocada em prática há dois anos. A busca por novos contratos foi direcionada às grandes empresas, que servem um maior número de refeições e, portanto, geram faturamento superior. Além disso, Rafael Coelho, gerente comercial da Sapore no Sul, explica que companhias de maior porte, por sua estrutura, possibilitam a incorporação de outros serviços e produtos para além da simples alimentação, como é o caso de lojas de conveniência. “É uma outra receita dentro da mesma operação”, define Coelho.

A criatividade, aliás, tem sido a principal arma da companhia para enfrentar a inflação e a onda de demissões que atinge a indústria. As montadoras, por exemplo, são clientes da Sapore. “Sentimos o impacto”, admite Coelho. “Por outro lado, ao contrário dos pequenos fornecedores, temos estrutura para absorver o aumento dos preços dos alimentos e para criar outros tipos de negócios”, conta. Prova disso é que a Sapore está prestes a fechar uma parceria com uma empresa produtora de alimentos sous-vide [método de cozimento a vácuo, em temperatura baixa e constante, que resguarda aroma e textura da comida].  As porções sous-vide servem como uma opção mais saborosa e igualmente prática aos congelados. A Sapore espera poder fornecer estes produtos nas lojas que possui dentro dos restaurantes corporativos a partir do ano que vem.

A criação de novos negócios tem sido a saída para os players do setor de refeições coletivas expandirem. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Refeições Coletivas (Aberc), o número de companhias com autogerência de seus refeitórios diminui a cada ano. Esse tipo de administração respondia por 2,5% das refeições servidas por dia no Brasil em 2008; hoje não ultrapassa 0,6%.  “Você vê somente pequenas empresas atuando nesse formato e mais aquelas do interior”, corrobora Coelho. Com menos clientes a conquistar – a não ser os dos concorrentes – algumas companhias, como a Sodexo, incluíram serviços de manutenção, jardinagem e limpeza no seu portfólio. A Sapore estuda a possibilidade, mas, por enquanto, aposta fortemente em outra estratégia. Em 2014, a companhia anunciou um acordo com a Raízen para a criação de um restaurante, o Sabor Raíz, em postos rodoviários da bandeira Shell. A primeira unidade já opera na rodovia Regis Bittencourt. O plano é chegar a 100 restaurantes em até cinco anos.


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Quarta, 11 Dezembro 2024

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