Quero-Quero tem receita de R$ 2 bilhões até setembro

A Lojas Quero-Quero obteve receita líquida de R$ 2 bilhões até setembro. No mesmo período, a companhia obteve um prejuízo de R$ 119,3 milhões, sendo R$ 42,1 milhões relativos ao terceiro trimestre. No entanto, parte desse valor se deve a um fator contábil. "O lucro líquido ajustado, excluindo o efeito do plano de opção de compra de ações, o efeito da adoção do IFRS16, efeitos não recorrentes e ajustes contábeis, no trimestre, totalizou um prejuízo de R$ 26 milhões. O resultado é impactado pelo não reconhecimento de ativo fiscal diferido decorrente de prejuízo fiscal no acumulado do ano. Embora este ativo represente um direito da companhia, seu reconhecimento contábil será reavaliado periodicamente", explica a companhia em seu relatório trimestral (confira todos os principais indicadores na tabela ao final desta reportagem).

"Após alguns trimestres de retomada do crescimento de Vendas em Mesmas Lojas (SSS), observamos uma desaceleração da demanda ao longo do trimestre anterior e um ambiente mais promocional, sendo que esta tendência se manteve ao longo do terceiro trimestre de 2025 com uma adicional redução na demanda entre os meses de agosto e setembro, possivelmente impactada pela alta na taxa de juros. Desta maneira, as Vendas em Mesmas Lojas apresentaram queda de 11,6%, composta pela demanda mais fraca em todos os segmentos de produtos e pela maior base de comparação. Alcançamos um forte crescimento de SSS de 10,6% no terceiro trimestre de 2024, impulsionado pela demanda adicional decorrente das graves enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul naquela oportunidade", detalha a empresa.

"Mesmo neste cenário, a inadimplência permaneceu controlada, com o índice de atraso acima de 90 dias atingindo 11,7% – mesmo indicador que foi verificado no segundo trimestre e alinhado com o desempenho histórico da companhia. Os serviços financeiros apresentaram crescimento da carteira em linha com os trimestres anteriores, enquanto a receita de serviços financeiros cresceu 13,3%, e a receita de cartão de crédito avançou 15,1%. A pressão sobre a margem de serviços prestados permanece, decorrente da elevação da taxa Selic e consequente aumento no custo de capital, porém já estabilizada ao compararmos com o trimestre imediatamente anterior, decorrente de ajustes graduais realizados nas taxas", informa a Quero-Quero.

Entre julho e setembro foram inauguradas cinco novas lojas, ampliando a presença nas regiões Sul e Centro-Oeste, totalizando 19 novas unidades no ano até o momento e 584 lojas no total. A Quero-Quero é a 116ª maior empresa da região e também a 42ª maior do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil (veja o ranking completo aqui e o anuário digital completo clicando neste link).