Petrobras divulga o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019
A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 na manhã desta segunda-feira (29). Segundo a estatal, o plano tem como objetivos fundamentais a desalavancagem da companhia e a geração de valor para os acionistas. Os investimentos totais foram reduzidos em 37% quando comparados ao plano anterior, totalizando US$ 130,3 bilhões. O montante de desinvestimentos em 2015/2016 foi revisado para US$ 15,1 bilhões (sendo 30% na Exploração e Produção, 30% no Abastecimento e 40% no Gás e Energia).
Dos investimentos da área de Exploração e Produção, 86% serão alocados para desenvolvimento da produção, 11% para exploração e 3% para suporte operacional. Serão destinados US$ 64,4 bilhões a novos sistemas de produção no Brasil, dos quais 91% no pré-sal. Na atividade de exploração no país, os investimentos estão concentrados no Programa Exploratório Mínimo de cada bloco. No abastecimento serão investidos US$ 12,8 bilhões, sendo 69% em manutenção e infraestrutura, 11% na conclusão das obras da Refinaria Abreu e Lima e outros 10% na Distribuição. Os demais 10% incluem investimentos no Comperj para recepção e tratamento de gás, manutenção de equipamentos, dentre outros. Já a área de Gás e Energia terá um aporte de US$ 6,3 bilhões, com destaque para os gasodutos de escoamento do gás do pré-sal e suas respectivas unidades de processamento (UPGNs).
O plano também prevê esforços em reestruturação de negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos adicionais, totalizando US$ 42,6 bilhões em 2017/2018. A carteira de investimentos do plano prioriza projetos de exploração e produção (E&P) de petróleo no Brasil, com ênfase no pré-sal. Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural. O plano prevê o retorno da alavancagem às seguintes metas: alavancagem líquida inferior a 40% até 2018 e a 35% até 2020, e endividamento líquido/Ebitda inferior a três vezes até 2018 e a 2,5 vezes até 2020.
Produção
A companhia também atualizou as metas de produção de óleo, LGN (líquido de gás natural) e gás natural no Brasil, refletindo postergação de projetos de menor maturidade ou atraso na entrega das unidades de produção, principalmente em função de limitações de fornecedores no Brasil. "O plano prevê a adoção de medidas de otimização e ganhos de produtividade para reduzir os gastos operacionais gerenciáveis (custos e despesas totais, excluindo-se a aquisição de matérias-primas). Ações já identificadas demonstram que esse resultado pode ser alcançado por meio de maior eficiência na gestão de serviços contratados, racionalização das estruturas e reorganização dos negócios, otimização dos custos de pessoal e redução nos dispêndios de suprimento de insumos", relata a Petrobras em nota.
O plano ainda destacou que há três fatores de risco que podem impactar de forma adversa suas projeções de fluxo de caixa. São eles: mudanças de variáveis de mercado, como preço do petróleo e taxa de câmbio; operações de desinvestimentos e outras reestruturações de negócios, sujeitas às condições de mercado vigentes à época das transações e alcance das metas de produção de petróleo e gás natural, em um cenário de dificuldades com fornecedores no Brasil.
Veja mais notícias sobre Empresa.
Comentários: