Lucro do Banrisul cai quase 40% no semestre
O Banrisul anunciou nesta quarta-feira (12) que alcançou lucro líquido de R$ 377,3 milhões no primeiro semestre. O valor é 39,7% inferior ao lucro líquido ajustado do mesmo período de 2019. De acordo com o presidente do Banrisul, Cláudio Coutinho, vários fatores interferiram no resultado. A limitação do juro do cheque especial em 8% foi uma delas, porém, também pesaram a queda recorrente da Selic, a alta da inadimplência e o consequente aumento das provisões.
"O comportamento do Banrisul foi semelhante aos de outros bancos durante a pandemia. Notamos que o pior da crise econômica se deu em abril, quando notamos retração em todos os segmentos que, nos meses seguintes, começaram a retomar suas atividades", explicou Coutinho. Ele também previu que a economia retomará como se fosse um símbolo da raiz quadrada. "A queda foi profunda, voltou ao ponto inicial e agora está em uma linha horizontal levemente para cima", descreveu. Veja os principais indicadores do Banrisul ao final desta reportagem.
As despesas de provisão para perdas de crédito, R$ 780,8 milhões para o primeiro semestre, apresentaram aumento de 34,7% em relação às despesas do mesmo período de 2019, refletindo, em especial, a rolagem da carteira por níveis de rating e o incremento das operações de crédito em atraso. Entre abril e junho, as despesas de provisão para perdas somaram R$ 484,2 milhões, um avanço de 63,3% frente ao trimestre anterior. O banco estatal registrou índice de inadimplência de 90 de 3,54% em junho, uma elevação de 1,34 ponto percentual em doze meses e de 0,17 ponto percentual em três meses.
Coutinho crê que a prorrogação de pagamento de dívidas para empresas e pessoas físicas dará fôlego para que cumpram com os deveres pré-estabelecidos com o banco. "Com isso foi possível fazer com que os prejuízos da pandemia fossem diluídos no tempo. A queda de juros também ajudará a fazer com que os correntistas cumpram com os novos prazos de quitação de suas dívidas", previu. Em média, o Banrisul emprestou, via Pronampe, R$ 39 mil por cliente e, no máximo, R$ 100 mil, de modo que pudesse atender o maior número possível de empresas interessadas.
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