Colíder pode gerar multa de R$ 720 milhões para a Copel
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não aceitou a justificativa da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para o atraso nas obras da usina hidrelétrica de Colíder (foto), no Rio Teles Pires, no Mato Grosso. De acordo com o cronograma original previsto no contrato firmado em 2010, a usina, com capacidade de 300 megawatts, teria de ser entregue no próximo dia 30 de abril, mas uma série de problemas impediu a estatal paranaense de cumprir o prazo. Diante disso, a estatal paranaense pediu à Aneel para alterar a data de conclusão para fevereiro de 2017, alegando que problemas com o licenciamento ambiental, greves de funcionários, vandalismo e burocracia impediram a conclusão do projeto dentro do prazo estabelecido. Com isso, a Copel poderá ter de pagar uma multa de R$ 720 milhões, segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo. A decisão final sobre a multa será dada por uma diretoria colegiada da Aneel, que analisará o parecer da área técnica.
Ainda de acordo com o jornal, que teve acesso ao parecer da área técnica da Aneel, o pleito com as justificativas da Copel foi rejeitado . A agência aceitou apenas 214 dias de atraso, um terço dos 644 dias solicitados pela Copel. O valor da multa – de R$ 720 milhões – equivale ao valor da compra de energia no mercado livre para sanar as necessidades das distribuidoras durante o período do atraso, compromisso que, em casos como esse, é assumido pela empresa geradora de energia. O cálculo considera o preço da energia no mercado livre hoje, que é de R$ 388,48, o teto permitido pela Aneel. Procurada pelo Portal AMANHÃ, a Copel não se pronunciou até o fechamento desta edição.
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