Catarinense BRF estuda venda de ativos
A BRF apresentou um prejuízo de R$ 3,1 bilhões em 2022 contra lucro de R$ 517 milhões em 2021 (veja os principais resultados da companhia nas tabelas ao final desta reportagem). Segundo o CFO da BRF, Fabio Mariano, a empresa catarinense estuda a venda de ativos, como as rações para pets, de modo a focar no core business. A venda de negócios florestais, granjas não-essenciais e créditos fiscais também está no radar. No total, o movimento poderia trazer R$ 4 bilhões ao caixa. "Vamos vender a área pet food, pois recebemos várias manifestações de interesse. Entendemos que os indicativos de valuation são bastante atrativos", afirmou Mariano em coletiva na manhã desta quarta-feira (1).
A empresa fechou o quarto trimestre de 2022 com uma receita líquida de R$ 14,8 bilhões, sendo 7,6% superior ao do mesmo período de 2021 e 5,1% em relação ao terceiro trimestre. A empresa também teve crescimento no volume de vendas de 1,9% na comparação com o mesmo período de 2021 e 5,7% em relação ao terceiro trimestre, além de 60% de incremento no fluxo de caixa operacional. O novo modelo de gestão com foco em eficiência operacional e em rentabilidade já está trazendo resultados positivos com R$ 210 milhões em capturas de melhorias. Foram aproximadamente R$ 130 milhões com a melhoria de indicadores operacionais como mortalidade, conversão alimentar e produtividade. Também reduzimos custos com ociosidade na base de R$ 50 milhões e realizamos revisão de eficiência logística e em contratos de transporte, distribuição e energia", enumera o CEO da BRF, Miguel Gularte.
O crescimento entre outubro e dezembro veio em boa parte pelo segmento Brasil. A receita líquida originária do mercado nacional (R$ 7,8 bilhões) teve aumento de 7,7% em relação ao mesmo período de 2021, refletindo melhores níveis de execução comercial e o sucesso da campanha de comemorativos. "No Brasil, avançamos na simplificação de portfólio de inovação com captura de R$ 30 milhões, aprimoramos nossa execução comercial e as ações nos pontos de vendas, maior mix de produtos nas lojas e aumentando a exposição do portfólio das marcas", explica Gularte. A BRF também registrou conquistas na sua divisão internacional, por meio da estratégia de maior diversificação de mercados e produtos. No quarto trimestre, a companhia catarinense obteve novas habilitações para envio de mercadorias a países como México, China, Japão, Estados Unidos, Canadá e Singapura.
A BRF é a segunda maior empresa da região e também a segunda maior de Santa Catarina, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.
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