Startup quer captar R$ 5 milhões para entrar no segmento de notebooks
Consolidada no mercado de computadores de alta performance voltados ao público profissional, a Razor, de Passo Fundo (RS), se prepara para o processo de expansão da marca para o segmento de notebooks. Para isso, busca aporte na Kria, plataforma de equity crowdfunding, para captar R$ 5 milhões até o próximo mês.
A Razor tem uma história que lembra a de gigantes do ramo. Nasceu na garagem da casa de um jovem de 18 anos. Em 2014, Grégory Parisotto Reichert vendeu seu Passat 1999 e abriu uma loja de assistência técnica de informática. O atendimento era feito de porta em porta. Em pouco tempo, além de revender os equipamentos, o empreendedor passou a montá-los e depois fabricá-los.
"Desde a infância, sempre fui apaixonado por hardware. Comecei a mexer com computador aos dez anos", lembra Grégory. Aos poucos, ele viu a demanda por computadores aumentar. Abriu um e-commerce, imaginando que atenderia Marau, Erechim e cidades próximas. Acabou atingindo todo o Brasil e se diferenciando pelo perfil consultivo.
Dois irmãos à frente do negócio
Inicialmente focada em computadores para jogos, a Razor mudou de rota, direcionando o negócio para a montagem de computadores de alta performance para público profissional — arquitetura, engenharia, indústria criativa, pesquisa e desenvolvimento e manufatura. Em 2017, Grégory passou a contar com a participação do irmão André Parisotto Reichert, que na época tinha 26 anos. O arquiteto tornou-se sócio e focou sua atuação na produção de workstations [estações de trabalho]. São máquinas com processador de alto desempenho, placa de vídeo dedicadas de alta performance e grande quantidade de memória.
Em 2020, o faturamento da empresa foi de R$ 10 milhões. No ano seguinte, dobrou, alcançando R$ 22 milhões. O projeto da empresa é dobrar novamente a comercialização neste ano, chegando na casa dos R$ 40 milhões, com a inclusão dos notebooks ao portfólio. Para os próximos quatro anos, os empresários esperam crescer dez vezes. Atualmente, 70% das vendas são para empresas, entre elas o mercado corporativo. O portfólio conta com clientes como Petrobras, Itaú, Instituto Butantan, USP, UFRJ, Infraero, Globo, Samsung, Saint Gobain, General Eletric, SBT, entre muitas outras. O tíquete médio fica entre R$ 20 mil e R$ 30 mil por máquina. Mas já foram vendidos equipamentos de R$ 290 mil e já foram orçadas máquinas de mais de R$ 800 mil cada.
Capital para seguir crescendo
Essa é a segunda vez que a Razor recorre à captação de investimentos da plataforma Kria. Em 2020, a expansão da empresa teve início quando Grégory e André captaram R$ 1,8 milhão. Foi aí que a empresa mudou-se e equipou uma sede maior e dobrou o número de funcionários, chegando a quase 50 pessoas, estruturando um maior time de vendas, marketing e produção. Com o recurso, a empresa estima uma capacidade produtiva para 25 mil máquinas por ano. Agora, esperam alcançar R$ 5 milhões para dar continuidade ao projeto. "Já temos o conhecimento de como montar e trabalhar com notebooks. O que ainda falta é o capital necessário para fazer um pedido mínimo de componentes", explica Grégory.
Em 2019, a Razor Computadores foi uma das dez empresas selecionadas no Rio Grande do Sul para participar do Scale-Up da Endeavor, um programa de aceleração para empreendedores à frente de negócios com grande potencial de crescimento.
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