Startup paranaense que garante aluguel recebe aporte de R$ 1,5 milhão

Rodada da Mell.ro reúne a Quintal Ventures, que pertence ao Grupo Ric, a Levain Ventures e ex-gestores do QuintoAndar
Osni Passos e Wanessa Rengel, co-founders da Mell.ro

Nascida em plena pandemia, e já com presença em todo o país, a startup paranaense Mell.ro prepara-se para crescer 20% ao mês a partir de novembro, quando também deve atingir seu breakeven. A fintech desenvolveu uma plataforma de serviços para o mercado do aluguel residencial e se posiciona como garantidora de pagamentos em dia. A expansão será financiada por uma rodada de investimentos de R$ 1,5 milhão fechada com a participação da Quintal Ventures, da Levain Ventures e de um grupo de ex-gestores da startup de busca de imóveis QuintoAndar. Os recursos financeiros vão permitir aumentar em sete vezes o time comercial, ampliar a rede de corretores, hoje com 250 profissionais, e expandir o número de usuários, que é de cerca de 9 mil em todo o país.

Com predominância das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, a Mell.ro já consolidou atuação nacional. A empresa também está desenvolvendo novos produtos financeiros, como antecipação de aluguel para os proprietários e de comissão para corretores. Já o investimento em media for equity vai garantir ampla exposição, além de ganho de credibilidade da marca e do modelo de negócios da fintech em todos os veículos de comunicação do Grupo Ric, a quem pertence a Quintal Ventures. Comandado pelo empresário Leonardo Petrelli, o Grupo Ric produz 1650 horas mensais de programação própria, e é o maior afiliado das redes Record e Jovem Pan no Brasil, com quatro emissoras RICtv Record e sete emissoras Jovem Pan FM e Jovem Pan News, que cobrem todo o Paraná. Também possui duas plataformas online de notícias, a revista impressa de estilo de vida TOPVIEW e canais em todas as redes sociais.

O time de mídia do Grupo Ric estudou o mercado e concebeu uma estratégia sob medida para a Mell.ro, para atender os objetivos da marca. "O media equity é mais do entregar mídia. É organizar um plano desenhado para o momento da startup, a fim de dar autoridade para a marca. Além de contar o que a empresa faz por meio de conteúdos e de mídia em rádio e TV, teremos campanhas digitais com influencers que integram nosso elenco de apresentadores", adianta Laila Sol, head de growth marketing do Grupo. Fundador e CEO da empresa, Osni Passos diz que o contrato de media for equity terá duração de 12 meses, período importante para a empresa consolidar a marca no mercado, escalando os negócios. "Nosso modelo tem concorrência indireta, mas não direta: ninguém entrega o conjunto de soluções que reunimos, tanto para o corretor quanto para o locatário e o locador. A plataforma automatiza todo o processo de locação, desde anúncios até questões formais, jurídicas, de vistorias e pagamentos, o que zera o custo fixo para corretores, que ficam com 100% da comissão. O proprietário tem garantia de pagamento do aluguel em dia em planos de 7% a 10%, que podem incluir proteção contra danos. E temos um índice de aprovação do inquilino três vezes maior do que o mercado", defende Passos.

Georges Kalache Netto, que liderou as negociações pela Quintal Ventures e Levain Ventures, observa que o mercado de locação imobiliária está passando por transformações tecnológicas importantes. "A Mell.ro está preparada para empoderar corretores de imóveis e proprietários com soluções tecnológicas de ponta, transformando a forma como eles operam. Acreditamos no poder da inovação para impulsionar mudanças significativas, e a Mell.ro demonstrou uma capacidade excepcional de aproveitar a tecnologia para melhorar a eficiência nesse mercado, o que certamente será potencializado com as ações de mídia que vamos promover nos veículos do Grupo Ric", detalha. A proposta de oferecer uma interface financeira entre inquilino, corretor e proprietário visa principalmente os contratos de menor porte. O CEO da Mell.ro lembra que o mercado de aluguel residencial brasileiro movimenta cerca de R$ 240 bilhões anualmente, segundo dados do IBGE e da Fipe. Deste volume, cerca de 80% ocorrem na informalidade e sem organização, na estimativa do Creci/Secovi. "Esse é o nosso principal alvo. Trabalhamos com um ticket médio de R$ 2 mil e temos um oceano azul a ser explorado, o que só é possível com soluções tecnológicas e automatizadas", complementa Passos.

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Quarta, 01 Mai 2024

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