Ser global em qualquer lugar do mundo, inclusive em Curitiba

“Não faz sentido para um estrangeiro o que é um boleto, um pedaço de papel que você tem de ir numa lotérica pagar, esperar um dia para compensar o valor.” A frase foi dita para explicar e ajudar a equipe do Aliexpress, empresa para a qual o Ebanx des...
Ser global em qualquer lugar do mundo, inclusive em Curitiba

“Não faz sentido para um estrangeiro o que é um boleto, um pedaço de papel que você tem de ir numa lotérica pagar, esperar um dia para compensar o valor.” A frase foi dita para explicar e ajudar a equipe do Aliexpress, empresa para a qual o Ebanx desenvolveu soluções de pagamento voltadas ao e-commerce. A história foi lembrada por André Boaventura (foto), sócio e Chief Marketing Officcer (CMO) da fintech, e uma das oito pessoas que estavam na reunião de apresentação de um meio de processamento de pagamentos para o AliExpress no Brasil. O ano era 2013. De lá para cá, gigante chinês do retail começou a traçar o caminho que o tornaria o e-commerce internacional que mais vende no país. 

O acordo com a marca asiática abriu portas para outras grifes globais, como Spotify, Playstation, Airbnb e, recentemente, a Uber. A startup de Curitiba (PR) se tornou o primeiro unicórnio da região Sul do país e tem previsão de processar R$ 20 bilhões no ano que vem. “É preciso ser global desde o início, tentando atacar o maior problema possível. Tem dinheiro correndo no mundo inteiro e nós pensamos que poderíamos pegar parte disso”, relata Boaventura. Mas o sócio faz um alerta: não confunda expandir com “pivotar”. A expressão derivada do termo em inglês “pivot” trata sobre girar em outra direção e testar novas hipóteses. “Invés de abrirmos mais produtos, expandimos para a América Latina com a mesma solução, porque vimos que os latinos tinham problemas parecidos com os brasileiros, com boletos e baixo limite de crédito”, justifica o sócio. Adaptando para as realidades locais, o Ebanx já galgou postos em oito países além do Brasil.  

O caminho, entretanto, nem sempre foi tão glorioso. Ao informar o dado de que 80% dos fundadores de unicórnios já tinham fundado outras empresas antes, Boaventura brinca dizendo: “Oi, meu nome é André e eu já quebrei cinco empresas. É verdade!”. A transformação em um unicórnio veio após um investimento, de valor não divulgado, feito pelo fundo de capital de crescimento FTV Capital em outubro. O Ebanx já havia recebido um investimento do FTV no final de 2017, de U$ 30 milhões. Desde então, o crescimento da fintech foi de 80%. “O dinheiro dos investidores só ajuda você a expandir. Você precisa é ir atrás de faturamento desde o primeiro dia”, aconselha o sócio que palestrou no Fintech POA, evento promovido pela Vale do Sulício, um hub de conhecimento que ajuda empresas e profissionais a se conectarem por meio do empreendedorismo e da inovação.

O Ebanx deve seguir ampliando suas operações pela América Latina, com a pretensão de, até 2022, ser líder tanto em pagamentos cross-border (transfronteiriços) quanto locais para empresas globais no continente. A fintech curitibana já atendeu mais de 50 milhões de latino-americanos e colaborou com mais de mil sites internacionais expandirem para cá. Um dos diferenciais é a questão das operações em diferentes moedas. Para não repassar as oscilações do câmbio, o Ebanx faz as remessas de valores no máximo no segundo dia após a compra do serviço ou produto.

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Sexta, 29 Março 2024

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