Quero investir em startups: por onde devo começar?
O mercado de startups cresce exponencialmente, ano após ano. Milhares de ideias estão sendo lançadas no mercado, com o intuito de agilizar processos e trazer soluções para diferentes dores da sociedade. Conforme dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o Brasil tem 12,7 mil delas, número que avançou 27% em relação a 2018, quando eram 10 mil empresas.
Além disso, o mercado de venture capital brasileiro fechou o mês de julho com US$ 87 milhões aplicados em 37 rodadas de investimento, de acordo com levantamento realizado pelo Distrito Dataminer. Com a ascensão do mercado, as startups vêm sendo uma grande aposta para quem almeja um investimento diversificado. Porém, o risco e a incerteza desse novo mercado despertam algumas dúvidas. Confira, a seguir, algumas dicas sobre como lidar com o segmento.
Retorno rápido e eficaz
O retorno rápido e eficaz é um dos maiores benefícios. Com o investimento, uma boa equipe pode gerir de maneira criteriosa o recurso e elevar alguns processos, tornando o negócio escalável e rentável. Por isso é tão importante que, além do valor propriamente dito, o investidor tenha conhecimento sobre a área em que a startup atua. Auxílio em networking e prospecção de mercado são basilares para que o seu investimento não seja em vão – nem para você, nem para a startup. Além disso, a criação de soluções disruptivas também eleva a escalabilidade e a promoção das startups. Com uma boa ideia e o investimento ideal, o negócio pode ganhar projeção internacional, valorizando ainda mais o passe do investidor.
Tipos de investimento
Seed Money
Nessa modalidade, quem aporta o valor costuma participar ativamente do cotidiano da empresa. Com isso, o investidor auxilia na estratégia do negócio e contribui com vários contatos, pesquisa de mercado e demais planos de negócio. Por essa razão é tão importante que o investidor queira mais do que apenas aportar recursos. A startup não recebe somente dinheiro em troca de uma participação societária, mas também consegue o suporte profissional e o networking que o investidor já possui.
Investimento-Anjo
Esse é um dos investimentos mais comuns. O investidor-anjo é a pessoa que já teve seu próprio negócio, o que lhe dá mais noção sobre os desafios do empreendedorismo. Para ser um investidor-anjo não é necessário bancar grandes investimentos, pois ele pode ser feito em conjunto com outros investidores e cada um pode designar valores a partir de R$ 20 mil. O termo anjo é utilizado pelo fato de não ser um investidor exclusivamente financeiro, mas que também fornece experiência, conhecimento e rede de relacionamento.
Incubadoras
São empresas que auxiliam startups no início de sua vida no mercado. O processo de incubação inclui ajuda com a modelagem básica do negócio. Essas empresas dão suporte com formatos de apresentação, montagem do plano de negócio e demais fases do plano inicial de trabalho. Investir em uma startup "incubada" pode ser uma ótima alternativa já que as chances dela decolar são maiores, tendo em vista todo o apoio que recebe.
Venture Capital
Envolve a compra de participação acionária, geralmente minoritária, em que os venture capitalists (VCs) enxergam uma chance de apostar no retorno do capital. Eles investem a partir de R$ 2 milhões em startups que já têm um bom faturamento. Nesse caso, o risco se dá em empresas cujo potencial de valorização é elevado e o retorno esperado é o mesmo que o risco que os investidores desejam correr.
Venture Building
Esse tipo de investidor fornece não apenas dinheiro, mas também consultoria em planejamento estratégico, estrutura física para trabalhar e elaboração de projetos para captação de mais recursos. Geralmente, a participação de uma venture builder numa startup é grande, pois pode chegar a 80% na fase inicial. O negócio é construído com a participação de uma venture builder e a participação societária é maior.
O que avaliar na hora de investir
Uma startup precisa ser mais do que um pitch perfeito, não é mesmo? Então, existem alguns pontos essenciais para que você fique de olho no momento que for investir. Isso dará ainda mais segurança e certeza de um investimento consciente e com retornos efetivos. Diferente de outros investimentos, o diálogo e a maturidade no processo são a arma do negócio.
Escalabilidade
Isso significa que a empresa pode crescer de forma rápida em receita, enquanto as despesas são mantidas baixas. Alguns modelos de negócios funcionam muito bem para isso, enquanto outros exigem um número de pessoas e um custo considerável.
Boa equipe e gestão
Se você deseja investir em uma startup, precisa ter a certeza de que haverá um bom time tomando o controle de tudo. O negócio precisa contar com pessoas engajadas, que saibam os pontos fortes e fracos da startup, que vendam além do pitch e que estejam preocupadas com a saúde da empresa. Lembre-se: você precisará confiar na equipe que estará gerindo o seu investimento. A equipe terá de ter maturidade e responsabilidade para apresentar resultados, metas e problemas. Então, é preciso que exista esse consenso para que o trabalho seja realizado da melhor maneira possível.
Mercado e atuação
Mesmo que a startup não tenha o direcionamento necessário, saber para quem venderá o seu produto é essencial. Muitas empresas vêm focando em soluções para grandes corporações. Desse modo, o produto pode ser aplicado para negócios já consolidados no mercado. Se a startup oferecer uma solução para uma dor recorrente, por exemplo.
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