Não espere! Empreenda!

Hoje é um dia especial. Essa é minha primeira coluna na Revista Amanhã. Quero agradecer ao amigo Jorge Polydoro e toda a sua equipe pela confiança, mas principalmente pela oportunidade ímpar de me permitir compartilhar ideias sobre alguns dos temas q...
Não espere! Empreenda!

Hoje é um dia especial. Essa é minha primeira coluna na Revista Amanhã. Quero agradecer ao amigo Jorge Polydoro e toda a sua equipe pela confiança, mas principalmente pela oportunidade ímpar de me permitir compartilhar ideias sobre alguns dos temas que mais me inspiram e sustentam o meu propósito de vida como negócios, tecnologia, empreendedorismo e inovação. Espero que vocês gostem. E para essa edição quero falar sobre a necessidade de desenvolvermos um novo perfil ou uma nova postura para o empreendedor brasileiro.

 

Empreender no Brasil não é uma tarefa simples. Costumo defender, sempre que alguém me questiona sobre esse tema, que um negócio de sucesso, independente do lugar,  precisa ter na origem um sonho grande, mas factível e com muita disciplina de execução, e atrelado a um time com espírito empreendedor, já que ninguém constrói nada grande e perene sozinho. Mas, além disso, um projeto de sucesso exige mais um ítem: uma liderança capaz de desenvolver e implantar a cultura da empresa ou do negócio em construção.

 

E é, justamente, sobre o perfil dessa liderança que quero me deter um pouco nos próximos parágrafos. O empreendedor, em geral, precisa reunir características pessoais como coragem, autoconfiança, persistência, resiliência, entre tantas outras. No contexto brasileiro, muitas destas características precisam ser utilizadas para superar obstáculos provocados pela pesada burocracia que se impõe àqueles que se aventuram no mundo dos negócios. Mas isso não pode ser uma barreira. Essa superação exige uma mudança radical no mindsetvigente.

 

Essa necessidade foi comprovada na Pesquisa Desafios dos Empreendedores Brasileiros, promovida pela Endeavor Brasil, entidade que estimula o empreendedorismo e da qual tenho a honra de ser um de seus embaixadores no País. De acordo com o estudo, entre os empreendedores de Alto Impacto, por exemplo, grupo que representa as empresas que mais crescem no Brasil (crescimento em faturamento de 39% ao ano), um em cada quinze (1X15) empreendedores desse grupo apontaram questões jurídicas e regulatórias entre os principais entraves para o desenvolvimento de um negócio. Esse número muda e aumenta significativamente para um em cada cinco (1X5), quando se trata dos Empreendedores Gerais, grupo que menos tem crescido no Brasil de acordo com o levantamento. Com esse comparativo, podemos identificar claramente que aqueles empreendedores  que focam mais e seus negócios e não colocam a burocracia e os marcos regulatórios como um dos maiores obstáculos tem alcançado sim os melhores resultados.

 

É preciso que cada empreendedor compreenda a necessidade de um novo contrato com o Estado, onde ambas as partes estabeleçam uma relação independente. Não podemos mais ficar reféns de estruturas lentas e defasadas onde a burocracia dita o ritmo. Temos que deixar para trás a figura paternalista, provedora e geradora de programas de incentivo. O papel do Estado é o de criar as condições necessárias para permitir que empreendedores  cumpram o seu papel mais nobre de melhorar a vida das pessoas e gerar oportunidades. Essa necessidades ganha mais força ainda  nesse universo hiperconectado onde a tecnologia rompe barreira e encurta distâncias, impondo permanentemente uma visão, ou melhor, uma postura global para que os negócios sejam exponenciais.

 

Não podemos negar que esse cenário já vem mudando, mesmo que num ritmo ainda aquém do que precisamos. Números da última Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostram, por exemplo, um avanço no ecossistema empreendedor brasileiros, sobretudo no que diz respeito ao chamado empreendedorismo de oportunidade, que é quando se identifica um gap no mercado e se criam empresas voltadas capitalizar sobre um nicho até então mal atendido. Esse cenário explicita o surgimento de um empreendedor mais independente e uma comunidade empreendedora mais forte, mesmo que em tempos de crise.

 

Por fim não podemos deixar de falar em crise, pois trata-se de um cenário onde as pessoas são mais motivadas a acreditarem em novas soluções. Para o Brasil, isso é particularmente bom porque auxilia a combater os mitos que ainda existem em torno do risco de se empreender. Portanto, aproveite o momento e não tenha medo. Se você tem um perfil empreendedor, uma ideia inovadora, e ela apresenta algum tipo de solução na qual você acredita que poderá impactar realmente na vida das pessoas. Na dúvida, não tenha dúvida! Se imponha sobre as dificuldades e empreenda!!!

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Sexta, 13 Dezembro 2024

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