A pedra no caminho das startups brasileiras
Compartilhar ideias, rever metas, inovar, buscarfinanciamentos e parcerias, assimilar conhecimentos, estar atento às novastecnologias e, em muitos casos, rever práticas são alguns dos desafios daspequenas empresas brasileiras de base tecnológica (startups) para dar osprimeiros passos na busca por mercados. A opinião é compartilhada porespecialistas em empreendedorismo e inovação que participam da 15ª ConferênciaAnpei de Inovação Tecnológica – evento que termina nesta quarta-feira (26) em Cabo de SantoAgostinho (PE).
“O principal desafio do empreendedor é [o fato de] estarsozinho”, disse à Agência Brasil a diretora da Associação Nacional de Pesquisae Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), Taíla Lemos. Para alcançar omercado, segundo ela, o principal desafio das startups é, além de inovar,buscar parcerias com empresas de maior porte.
A fim de facilitar essa parceria, a Anpei tem atuado comogestora de uma ferramenta desenvolvida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia eInovação: a plataforma virtual iTec – disponível neste site. Por meio dela, empresas já estabelecidas apresentamdemandas e desafios internos que podem ser solucionados com a contratação destartups, empresas incubadas ou instituições de ciência e tecnologia (ICTs).
Guia Anpei
Os ICTs também podem ajudar as startups a crescer. Nessesentido, uma ferramenta útil, segundo o coordenador do Comitê de Interação ICT/Empresa,Leonardo Augusto Garnica, é o Guia Anpei de Interação ICT/Empresa. “Ele trazuma série de caminhos para que a empresa faça uma avaliação, possa escolherformas de identificação de tecnologia nas universidades e firmar contratos quevão permitir a aceleração dos seus negócios”, explica Garnica.
Fundador de três startups do setor de software paraequipamentos de telecomunicação, o coordenador do Comitê de Relação entreStartaps e Grandes Empresas, Kleber Teraoka, diz que de nada adianta ter a melhorferramenta de gestão do mundo se o empreendedor não tiver um “comportamentoadequado” na hora de enfrentar problemas como escassez de recursos e deabundância de “não” às propostas que apresentam.
O diretor de Inovação da Financiadora de Estudos e Projetos(Finep), Elias Ramos, sugere às startups que busquem apoio de sua entidade parasuperar o que chama de “vale da morte” desses empreendimentos. “Trata-se dafase que, na nossa opinião, é a mais crítica, quando a empresa, mesmo já tendoconseguido desenvolver um bom projeto e uma boa tecnologia, não reúne condiçõespara levar essa tecnologia ao mercado.” Para ajudar as startups a lidar comessa situação, Ramos sugere que as empresas se informem a respeito dosprogramas e editais preparados pela Financiadora de Estudos e Projetos e, pormeio deles, levem seus projetos para avaliação. “As boas propostas receberãonosso apoio. Há recursos de diversas modalidades, em particular nãoreembolsáveis.”
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