Cresce demanda por microcrédito produtivo no Sul

Amcred-Sul nota procura 34% maior até junho
"O brasileiro tem uma veia empreendedora muito forte e vê as instituições que operam microfinanças como parceiras importantes nesse movimento", comenta Ivonei Barbiero, presidente da Amcred-Sul

Paranaenses, catarinenses e gaúchos buscaram mais crédito para investir em negócios de micro ou pequeno porte entre janeiro e junho deste ano. Levantamento da Associação das Instituições de Microcrédito e Microfinanças da região Sul do Brasil (Amcred-Sul) revela que foram liberados R$ 297,7 milhões em microcrédito empreendedor no primeiro semestre. O valor é 34% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. No total, 47.202 operações de crédito foram concluídas pelas quinze organizações que formam a associação no período.

"O brasileiro tem uma veia empreendedora muito forte e vê as instituições que operam microfinanças como parceiras importantes nesse movimento", comenta Ivonei Barbiero, presidente da Amcred-Sul, entidade que promove no próximo dia 17 de outubro, em Florianópolis, o nono encontro do Programa de Microfinanças da região Sul. A programação do evento inclui debates sobre o panorama do microcrédito, a apresentação de um projeto para ampliar a participação das instituições em investimentos em saneamento básico domiciliar e homenagens a clientes e agentes de crédito.

As instituições ligadas à Amcred-Sul usam uma metodologia que tem os agentes de crédito como peças fundamentais. Para alcançar pessoas que muitas vezes não têm acesso ao mercado financeiro, aí incluídos empresários informais, Microempreendedores Individuais (MEIs), entre outros, essas organizações fazem uma avaliação caso a caso da capacidade de pagamento dos candidatos a tomar crédito. Essa avaliação, vez ou outra acompanhada de orientações sobre orçamento doméstico, é feita pelos agentes. "Eles são parte de uma estrutura que transforma a vida das pessoas – e por isso merecem o reconhecimento", afirma Barbiero.

Além do crédito empreendedor, as instituições que atuam com microfinanças liberam recursos para outras finalidades, como a reforma de casas, a construção de banheiros ou compra de caixas d'água ou implantação de fossa séptica, aquisição e instalação de sistemas de geração de energia fotovoltaica entre outros. Entre janeiro e junho, o valor liberado para essas linhas de crédito somou R$ 51,6 milhões, crescimento de 19,1% na comparação com o primeiro semestre de 2023.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 03 Outubro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/