Cooperativismo eleva PIB per capita municipal em 5,6%
O Sicredi (foto), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), anunciou os resultados de uma pesquisa inédita sobre os “Benefícios Econômicos do Cooperativismo de Crédito na Economia Brasileira”. O estudo, que avaliou dados econômicos de todas as cidades brasileiras com e sem cooperativas de crédito de 1994 a 2017concluiu que o cooperativismo incrementa o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios em 5,6%. Além disso, cria mais vagas de trabalho formal (+6,2%) e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%. Os resultados consideraram o bom desempenho econômico de 1,4 mil municípios, que passaram a contar com uma ou mais cooperativas durante o período de pesquisa. Juntos, eles mostraram um impacto agregado de mais de R$ 48 bilhões em um ano, sendo responsáveis pela criação de 79 mil novas empresas e pela geração de 278 mil empregos.
Manfred Alfonso Dasenbrock, presidente da SicrediPar e coordenador do Conselho Especializado de Crédito (Ceco) da OCB, afirma que um dos principais fatores que permitem que a cooperativa de crédito alavanque o desenvolvimento econômico local é a possibilidade de oferecer crédito com taxas de juros mais baixas, adequadas à realidade dos seus associados. Conforme dados do Banco Central do Brasil, a taxa de juros cobradas pelas cooperativas de crédito são sensivelmente menores. No Relatório de Estabilidade Financeira de 2019, o Banco Central apontou uma diferença expressiva nos ativos problemáticos, que chegaram a 5,9% nas cooperativas de crédito do Brasil, enquanto as instituições financeiras tradicionais tiveram 7,4%. Para Dasenbrock, a participação dos associados nas decisões de uma cooperativa de crédito é o grande diferencial do modelo de negócio. “O associado é, de fato, o dono do negócio e, por isso, precisa estar presente nas discussões a respeito dos rumos da sua cooperativa”, defende.
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