Por que as cooperativas de crédito estão otimistas
Nos últimos dez anos, o mundo passou por adversidades, crises econômicas, tragédias aéreas e, em muitos lugares, guerras sem fim. Um panorama preocupante que, para muitos, motiva o medo e a imobilidade. Para o cooperativismo, porém, qualquer dificuldade é motivo de união e de busca da superação. É um motivador natural. O cenário econômico de 2015 é um desses momentos atípicos. No cenário internacional, o mundo deverá crescer mais do que cresceu em 2014 (cerca de 3,8%, contra 3,3%), conforme as projeções do FMI. O Banco Central dos Estados Unidos deve aumentar a taxa de juros, afetando diversos países. O reflexo sobre o Brasil deverá ser uma redução do fluxo de entrada de recursos – o que, provavelmente, desvalorizará a moeda brasileira.
A economia brasileira entrou este ano com uma expectativa de queda no PIB. Claramente, será um ano de ajustes, especialmente para o setor público, mas também para o setor privado. Em termos de renda, as famílias pagarão mais impostos, com as tarifas públicas (energia, transportes etc) em ascensão. Os juros em alta serão outra restrição. Nesse cenário, o crédito no sistema financeiro nacional deverá crescer menos do que nos últimos anos, variando 9%. Já as nossas projeções são superiores a esta – e o perfil da economia ajuda a explicar por quê.
Um exemplo é a agropecuária, cujas atividades são bastante relevantes nas regiões de atuação do Sicredi. As projeções revelam que o setor deverá crescer acima da média da economia. As margens dos produtores de grãos, embora menores do que nos últimos anos, serão positivas e o câmbio deverá ajudar na rentabilidade. Na pecuária, os preços dificilmente subirão tanto quanto subiram em 2014. Mesmo assim, tendem a continuar atraentes para o produtor.
Por isso, acreditamos no crescimento. É a força de pensar e agir de forma cooperativa que nos motiva a planejar crescimento e desenvolvimento. Não conseguimos enxergar o país de outra maneira. Em 2014, por exemplo, nossos Ativos Totais registraram uma elevação de 19,6%, fechando em mais de R$ 23,2 bilhões. Com uma média de crescimento anual de 20%, como poderíamos ver pessimismo? A força do trabalho duro sempre dá resultado. A indústria, o agronegócio, o comércio, os micro, pequenos, médios e grandes empresários – todos ambicionam as mesmas coisas: o desenvolvimento social, econômico e ambiental. Há muitas dificuldades, de fato. Mas é neste momento que devemos buscar as oportunidades. Elas estão lá – é preciso apenas ter foco para enxergá-las.
*Presidente do Sicredi RS-SC.
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