Eu queria ser mordomo
Li que o ator Bill Murray preencheu uma ficha para trabalhar no restaurante
P.F.Chang's, que fica localizado no imenso aeroporto Hartsfield-Jackson, em Atlanta, Estados Unidos. Habitué do local e muito afeiçoado não apenas à comida como também ao staff, dizem que o ator ali está em seu elemento e que nunca se negou a tirar fotos com os clientes. Eis o que me faz pensar.
Digo isso porque acho que a experiência também me daria grande satisfação. O estabelecimento que imagino seria um bistrô, na linha do Le Jazz, em São Paulo, ou mesmo do Ici, também da cidade. Nada de churrascarias. Muito menos restaurantes muito sofisticados e formais onde eu correria o risco de atropelar a etiqueta e derrubar uma sopa no colo de uma madame.
Mas teria que ser um lugar minimamente elegante e de cozinha versátil, de preferência frequentado por uma clientela bem diversificada, multiétnica e de todas as idades. Assim, eu poderia sugerir pratos de acordo com minha experiência, e com a leitura que fizesse do semblante dos comensais. A um sugeriria um filé à mostarda, a outro um pato com laranja e assim por diante.
Se ainda posso ter uma chance como garçom em algum lugar do mundo (adoraria poder receber os clientes em suas línguas e assim descrever os pratos e vinhos), o sonho dourado teria sido ser mordomo. Pensei certa época em fazer o curso de um mês em Londres, quando o dinheiro novo de russos estava elevando a profissão a uma das mais bem pagas.
Não teria dificuldade em distribuir as tarefas entre os serviçais, e eu mesmo me ocuparia do patrão: passaria o jornal a ferro, prepararia uma omelete mista ou um salmão selvagem com torradas, daria sugestões de traje para o dia, seria bom ouvinte de suas inquietações e deixaria a casa impecável. Melhor ainda que tivesse uma patroa, uma baronesa britânica de sangue azul, dada às artes e ao Champagne.
Vocês dirão que sempre é tempo. Também acho.
Veja mais notícias sobre Carreira.
Comentários: