Sul inicia 2021 com geração de mais de 83 mil empregos formais

Santa Catarina foi responsável por 38% das vagas criadas na região
O resultado mostra que o país continuou com a recuperação econômica após o pico de casos de Covid de 2020, que fechou parte das atividades econômicas

O Sul iniciou o ano criando 83.587 postos de trabalho, sendo que 38% deles foram gerados em Santa Catarina. O destaque, no Brasil, foi para São Paulo, com saldo de 75.203. Santa Catarina, com 32.077, e Rio Grande do Sul, com 27.168, foram outros estados com maior geração de empregos formais (veja os dados completos na tabela ao final desta reportagem). Os números são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta terça-feira (16), e compilados pelo Portal AMANHÃ.

O emprego celetista apresentou crescimento em janeiro de 2021 com um saldo de 260.353 postos de trabalho formais no Brasil. O resultado mostra que o país continuou com a recuperação econômica após o pico de casos de Covid de 2020, que fechou parte das atividades econômicas. É o melhor janeiro desde o início da série histórica, em 1992. Em janeiro de 2020, portanto antes da pandemia, a geração de empregos havia ficado em 117.793 (com ajustes).

O saldo de janeiro de 2021 foi resultado de 1.527.083 admissões e 1.266.730 desligamentos. O estoque de empregos formais no país chegou a 39.623.321 vínculos e todos os setores de atividade econômica apresentaram crescimento no mês. Todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo em janeiro. O setor da Indústria foi o grande destaque, com a geração de 90.431 novos postos de trabalho formais.

Em nível de subclasses, confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida obteve o maior saldo (7.855), a maior parte no Paraná (3.058), seguida pela fabricação de calçados de couro com saldo (5.762), principalmente por causa da Bahia (1.670) e do Rio Grande do Sul (1.658).

Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, o Caged surpreendeu ao exibir criação líquida de mais de 260 mil empregos com carteira assinada. O resultado foi impulsionado pela frustração com os desligamentos, que ficaram bem aquém do esperado para o mês. "Essa é mais uma estatística positiva em janeiro que não deverá ser observada com a devida atenção em função do recrudescimento da pandemia que rouba a perspectiva sobre os cenários positivos para com a atividade. De maneira geral até mesmo a abertura foi positiva, com apenas o comércio entrando em desaceleração, setor cuja perspectiva é ainda pior por conta dos lockdowns. Regionalmente, a penetração da criação de vagas também é boa, sendo que apenas estados pontuais tiveram destruição líquida", explica Sanchez. O economista reforça que o bom resultado não é capaz de inverter a perspectiva ruim para o mercado de trabalho atribuída pela pandemia e seus procedimentos. 

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sexta, 22 Novembro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/