Contas públicas registram saldo negativo recorde em maio
Em meio à pandemia de Covid-19, as contas públicas registraram, em maio, saldo negativo recorde. O setor público consolidado, formado por União, Estados e municípios, apresentou déficit primário de R$ 131,4 bilhões, no mês passado, o maior resultado negativo mensal da série histórica iniciada em dezembro de 2001. Em maio de 2019, houve déficit primário de R$ 13 bilhões. No mês passado, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) apresentou déficit primário de R$ 127 bilhões. Os governos estaduais e municipais também registraram saldo negativo: R$ 4,2 bilhões e R$ 508 milhões, respectivamente.
De janeiro a maio, o déficit primário chegou a R$ 214 bilhões, contra o resultado positivo de R$ 6,9 bilhões, em igual período de 2019. Em 12 meses encerrados em maio, o déficit primário ficou em R$ 282,8 bilhões, o que representa 3,9% do PIB. A meta para este ano era de déficit primário de R$ 118,9 bilhões. Entretanto, o decreto de calamidade pública dispensou o governo de cumprir a meta.
Dívida pública
A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,9 trilhões em maio, o que corresponde 55% do PIB. Em abril, esse percentual estava em 52,8%.
Em maio, a dívida bruta[ que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais] chegou a R$ 5,9 trilhões ou 81,9% do PIB, contra 79,8% em abril deste ano. A dívida pública bruta é um indicador usado pelas agências de classificação de risco para avaliar a solvência das finanças de um país. Quanto mais alto o indicador, maior a desconfiança em relação à capacidade de um governo honrar os compromissos.
Com Agência Brasil
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