Cenário atual da indústria de proteínas global pode beneficiar Brasil e EUA
A S&P Global Ratings afirmou que um balanço mais equilibrado entre a oferta e a demanda da indústria global de carnes, combinado com os baixos custos de matéria-prima, indica um ano positivo para os processadores de carne, sobretudo para dois dos principais produtores mundiais: os Estados Unidos e o Brasil.
“Os processadores de carne na América do Norte se beneficiaram de um ciclo de resultados financeiros favoráveis por vários anos, sustentados, em primeiro lugar, pelas sólidas margens do setor de carne de frango e, mais recentemente, pela significativa melhora na perspectiva para o setor de carne bovina, enquanto o rebanho de gado cresce e os custos caem nos Estados Unidos”, sublinha o artigo da agência de classificação de risco.
“No Brasil, os resultados foram mais voláteis para os três principais tipos de proteína (carne bovina, suína e de frango), e a diversidade de produtos compensou de forma apenas parcial o enfraquecimento observado no ano passado, decorrente dos altos custos da ração e das fracas condições econômicas. Essas tendências negativas estão se revertendo, e há uma melhora do setor no Brasil em meio à redução nos custos de grãos, cortes de capacidade e maior demanda de exportação, compensando o ainda fraco mercado doméstico”, destaca a S&P.
A agência reitera ainda que, embora ambas as regiões apresentem melhores perspectivas operacionais, o efeito nos ratings pode ser mais favorável na América Latina, especialmente no Brasil, onde a recuperação dos resultados e a redução da dívida podem ser mais acentuadas. “Em contraste, as empresas norte-americanas têm registrado resultados sólidos há mais tempo, o que levou a várias elevações de rating nos últimos anos, estando estes agora mais limitados pelas políticas financeiras e de controle acionário”, informa o texto.
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