Seca no Sul causa prejuízo de R$ 15,4 bilhões
A seca prolongada no Sul provocou um prejuízo de R$ 15,4 bilhões de 2019 a 2020. Só na agricultura, essa perda representou R$ 13,4 bilhões, enquanto na pecuária e no abastecimento de água as quedas chegaram a R$ 1,9 bilhão e R$ 25,1 milhões, respectivamente. Os dados constam do estudo, elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que avaliou os efeitos negativos causados por esse desastre na região.
Pelo levantamento, o Rio Grande do Sul foi o mais afetado e atingiu a marca de R$ 14,4 bilhões em prejuízos, o que representa 93,4% do total. Em segundo lugar, ficou o Santa Catarina, com R$ 989,9 milhões em perdas. O Paraná ficou em terceiro, com R$ 26,1 milhões perdidos pela seca. Os dados revelam ainda que os prejuízos causados pela estiagem no Sul entre janeiro de 2012 a 30 de junho de 2019, ou seja, um período de sete anos e seis meses, totalizaram R$ 2,8 bilhões. Ao comparar os dois períodos, os danos causados entre 2012 a 2019 correspondem a apenas a 18,4% dos prejuízos causados pela seca na região em um ano.
O Sul teve, entre 2019 e 2020, 531 decretações de situação de emergência, enquanto a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa e Defesa Civil, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (Sedec/MDR), reconheceu 449, ou seja, 84,5% do total. No período avaliado pelo estudo, a seca severa deixou mais de 1,6 milhão de pessoas afetadas na região. O Rio Grande do Sul ficou em primeiro lugar, com 1,3 milhão de pessoas afetadas (82,4%); seguido por Santa Catarina, com 281,9 mil afetados (16,9%); e o Paraná com pouco mais de 10 mil afetados (0,7%).
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