Economia do Sul: o pior já passou?

Indicadores positivos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul trazem alento para a economia do Sul
Depois de três meses registrando mais demissões, a economia catarinense abriu 3.721 novos postos formais em junho

Alguns indicadores econômicos apresentados nesta quinta-feira (6) pelos governos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul trazem alento para a economia do Sul. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) lançou a edição de julho do Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais de Santa Catarina. O estudo revela melhora na confiança dos empresários. Pela primeira vez, desde março, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEI-SC) indica otimismo do setor industrial.

O comércio em maio teve forte recuperação e com 22,1%, registrou o maior crescimento da série, se comparado com abril. No acumulado do ano, o varejo ampliado registra queda de 5,1%. Ainda assim, o comércio catarinense apresentou a maior taxa de crescimento do país nos últimos 12 meses, com 4,4%. Em julho, a percepção dos empreendedores do comércio também teve expressiva melhora. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC/SC) entre junho e julho teve variação positiva de 13% e atingiu 68,9 pontos, e reverteu a tendência pessimista iniciada em abril.

O setor de serviços, o maior da economia estadual e o que mais gera empregos, registrou três meses seguidos de queda no volume de receitas. Porém, em maio, o setor recuperou parte da retração e apresentou o maior crescimento do país, com taxa de 6,4%. Os indicadores do mercado de trabalho também passaram a melhorar. Depois de três meses registrando mais demissões, a economia estadual abriu 3.721 novos postos formais em junho. O que constitui o melhor resultado da série histórica para o mês dos últimos sete anos, quase quatro vezes acima das 940 vagas geradas em 2019. No país, foram fechados 11 mil postos de emprego formal no último mês. "A evolução dos indicadores, embora tenham evoluído positivamente, ainda não permitem uma comemoração, mas demostram que o pior, muito possivelmente, já tenha passado", avalia Paulo Zoldan, economista da SDE.

A Receita Estadual do Rio Grande do Sul revelou os dados da 19ª edição do Boletim sobre os impactos da pandemia de Covid-19 nas movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS. A publicação apresenta a evolução dos indicadores de emissão de notas eletrônicas em geral e por atividade (indústria, atacado e varejo), com visão semanal entre o período de 16 de março, quando foram adotadas as primeiras medidas de quarentena pelo governo do Estado, e a última sexta-feira (31).

O valor médio diário de emissão de notas eletrônicas (NF-e e NFC-e) na última semana, entre 25 e 31 de julho, aumentou 1,7% na comparação com o período equivalente de 2019. Foi a terceira semana consecutiva de variações positivas no indicador, demonstrando tendência de retomada das atividades econômicas. Entre o fim de março e o início de abril, o resultado chegou a ter uma retração de 31,5%. No acumulado do período de análise, entre 16 de março e 31 de julho, a redução chega a 6,8%, representando que cerca de R$ 130 milhões deixaram de ser movimentados, em operações registradas nas notas eletrônicas, a cada dia.

Em relação às vendas médias por atividade, o atacado segue apresentando os melhores desempenhos, com avanço de 14,9% na última semana e de 3% no acumulado do período. A indústria, após registrar três variações positivas seguidas, voltou perder desempenho, com variação semanal de negativa de 1,5%. No acumulado, o setor industrial agora tem queda de 9,7%. O varejo teve o pior resultado da semana, com queda de 5%. A atividade varejista registra contração de 11,7% desde o início da pandemia.

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Sábado, 20 Abril 2024

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