Um símbolo da transição energética
Em 2024, Itaipu atingiu a marca de 3 bilhões de megawatts-hora, volume suficiente para abastecer o mundo inteiro por 43 dias seguidos. Esse fato, que fez dela a maior produtora de energia elétrica acumulada da história, é só uma mostra do que a usina hidrelétrica sediada em Foz do Iguaçu (PR) significa para o desenvolvimento econômico brasileiro – e do mundo. A empresa binacional foi pioneira em pesquisas sobre energias renováveis ainda em 2006 quando levou adiante seus primeiros projetos que já contemplavam a transição energética. Na ocasião, Itaipu demonstrava preocupação com a grande concentração de produção de proteína animal nos municípios próximos ao reservatório, que acaba gerando resíduos que, se não destinados de maneira adequada, chegam até as águas de Itaipu através dos rios da região.
A empresa entendeu que uma boa maneira de evitar a descarga dos efluentes seria gerar conhecimento sobre a transformação desse passivo ambiental em um ativo econômico: o biogás. Assim, além de fomentar uma solução para a destinação desses resíduos, Itaipu iniciou um processo de transição energética nas propriedades, trazendo benefícios ambientais e econômicos aos produtores rurais. O projeto apoiado por Itaipu na região Oeste do Paraná foi a base técnica para as primeiras normativas técnicas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que regulamentaram o tema. A ação, que foi levada a cabo em 2008, resultou na Lei de Geração Distribuída, de 2022. Hoje, o Brasil conta com 137 MW de potência instalada em plantas de mini e microgeração distribuída de biogás e 32,8 GW em plantas de energia solar – que equivalem a mais de duas usinas do tamanho da Itaipu.
"Com várias iniciativas, Itaipu tem sido um símbolo da transição energética para o Brasil e para o mundo", observa o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri. "Representamos uma política do governo federal nessa pauta da transição energética. A primeira usina que trata a questão da produção da energia elétrica acompanhada da preservação ambiental é Itaipu. Isso nos deu, nesses 40 anos, um acúmulo de experiências, de acertos, de troca de experiências com outros países, que faz com que tenhamos essa marca", completa Verri. De fato, a companhia conseguiu abarcar inúmeras iniciativas socioambientais e de desenvolvimento sustentável que são fundamentais para enfrentar os desafios climáticos atuais se colocando na vanguarda das pesquisas sobre energias renováveis e investindo em projetos como hidrogênio verde, biogás, combustíveis sustentáveis para aviação e placas solares flutuantes, por exemplo. No que se refere à inovação de combustíveis sustentáveis, a Itaipu também foi pioneira no refino de biogás para produzir biometano e utilizar esse combustível em grande parte de sua frota. O projeto cooperou para a aprovação de uma resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que estabelece as especificações do biometano e reconhece a equivalência com o gás natural.
A mais recente iniciativa liderada pela Itaipu Binacional no campo da transição energética foi tirar do papel a primeira planta de produção de petróleo sintético a partir de biogás do Brasil. Em junho, em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e o projeto H2Brasil, Itaipu inaugurou sua Unidade de Produção de Hidrocarbonetos Renováveis. O empreendimento tem como foco a geração de combustível sustentável para aviação (Sustainable Aviation Fuel, o SAF). Com um investimento de 1,8 milhão de euros do governo alemão, a planta é projetada para produzir seis quilos por dia de bio-syncrude, uma mistura de hidrocarbonetos criada a partir de biogás e hidrogênio verde, destinada à produção de SAF. De acordo com estimativas, o Paraná tem um potencial de produção de 15 mil metros cúbicos por ano de combustível sustentável para aviação.
As ações lideradas pela Itaipu Binacional foram determinantes para a escolha de Foz do Iguaçu como sede da reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 e as reuniões da Clean Energy Ministerial (CEM) e da Mission Innovation (MI), em setembro. A cidade foi a única não capital a receber uma programação ministerial do G20. Um dos encontros paralelos à reunião do G20 foi justamente para tratar sobre o SAF, em evento organizado pela Itaipu em parceria com o Fórum Econômico Mundial. De acordo com o superintendente de energias renováveis de Itaipu, Rogério Meneghetti, as pesquisas nesse campo e a participação de Itaipu em eventos internacionais posicionam a empresa como referência no atual contexto da transição energética. "O sistema elétrico brasileiro é muito renovável, com ampla participação das hidrelétricas. E a Itaipu entendeu, há muito tempo, que esse setor elétrico pode contribuir para a descarbonização de outros setores. E todos os projetos-pilotos que temos, como geração distribuída, biometano, hidrogênio verde, SAF, foram importantes para a regulação desses temas no país, o que demonstra o papel de liderança da Itaipu em transição energética", sintetiza Meneghetti.Se não bastasse tamanha responsabilidade com o importante tema da transição energética, Itaipu também contribui enormemente com o sistema elétrico nacional e paraguaio. Como as hidrelétricas são fontes de energia limpa e renovável, com capacidade de compensar as flutuações naturais na geração das fontes renováveis intermitentes, na ausência de sol ou vento, as usinas se tornam uma fonte segura para atender a demanda por energia rapidamente. Sendo uma grande hidrelétrica, Itaipu funciona como uma espécie de "bateria" para o sistema elétrico, complementando o atendimento da demanda diante da variação das outras fontes. Além disso, devido à expansão das usinas eólicas e solares, também é possível observar uma mudança no perfil de carga do sistema, com grandes rampas de consumo no final da tarde. Em muitos dias, Itaipu contribui com cerca de 30% do atendimento a essas rampas. Isso reforça a importância da usina para garantir segurança e estabilidade dos sistemas elétricos dos dois países.
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