Cooperativismo catarinense faturou R$ 35,6 bilhões em 2018

As cooperativas catarinenses cresceram 7,2% em 2018 – ou seja, 6,5 vezes mais que a economia brasileira – e obtiveram receita operacional bruta de R$ 35,6 bilhões. O movimento econômico mais expressivo foi gerado pelas cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito, consumo, infraestrutura e transporte. O levantamento é da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e foi anunciado nesta semana em Florianópolis. A expressão do setor é reconhecida nacionalmente: as 258 cooperativas catarinenses – com atuação no campo e nas cidades – reúnem mais de 2,4 milhões de associados.

Ao apresentar avaliações e projeções, o presidente Luiz Vicente Suzin e o superintendente Neivo Luiz Panho destacaram que, no ano passado, o setor investiu na base produtiva, na diversificação de produtos e serviços e na qualificação do quadro de funcionários. Na avaliação do presidente, as cooperativas enfrentaram o cenário de dificuldades que surgiu em 2015 e se projetou em 2016, 2017 e 2018 com racionalização da gestão e otimização dos processos. “A greve dos transportadores causou profundos estragos e pesados prejuízos na economia nacional em geral e em todas as cadeias produtivas. A retração de consumo no mercado interno em razão da alta taxa de desemprego também dificultou o alcance de metas e resultados”, avaliou Suzin.

As 47 cooperativas agropecuárias representam 62% do movimento econômico de todo o sistema cooperativista catarinense. No conjunto, essas cooperativas mantêm um quadro social de 71.629 cooperados. O faturamento anual do ramo agropecuário totalizou R$ 22 bilhões. O cooperativismo de crédito catarinense apresentou o maior número de associados e a segunda posição em receita. As 61 cooperativas de crédito reúnem 1,7 milhão de cooperados mantêm e movimentaram R$ 5,3 bilhões no último ano. O ramo de saúde, com 30 cooperativas e 12.363 associados, faturou R$ 4 bilhões.